Ao dizer ontem ao AC24horas que a vice-governadora Mailza Assis e o deputado Nicolau Júnior (PP) são seus planos A, para a eleição majoritária do próximo ano, o governador Gladson Cameli colocou ainda mais dúvida sobre o papel de cada um nas disputas de cargos majoritários em 2026. Vai apoiar o que estiver melhor nas pesquisas? Um dos dois será candidato ao Senado? Com sua declaração deixou o seu processo sucessório ainda mais enigmático. Ontem, eu e o colega Astério Moreira entrevistamos num café da manhã, o deputado Nicolau Júnior (PP). O que deu para se sentir foi que o seu trabalho é voltado para a possibilidade de ser candidato a governador ou a senado. Embora não tenha dito isso. Já visitou metade dos prefeitos e está programado para visitar os demais, fechando o ciclo da sua estratégia política. Também está prestes a inaugurar um gabinete com secretária, computador, celular e toda estrutura de apoio, para ser usado pelos vereadores do interior quando vierem a Rio Branco. “Vamos facilitar e intermediar as suas conversas com os secretários, acabando com a dificuldade de um vereador levar as suas reivindicações a um secretário ou a diretor de órgão do governo”, destacou Nicolau. Mas, ao longo da conversa deixou bem claro a sua lealdade ao governador Gladson Cameli: “Ele é que vai dizer a que cargo serei candidato”, enfatizou Nicolau. E, com a declaração de ontem do governador Gladson de que Nicolau também é Plano A, o que estava embaçado ficou mais embaçado ainda, sobre a corrida rumo ao Palácio Rio Branco em 2026. Cada um tire sua dedução e tente adivinhar o que passa pela cabeça do Gladson.
NINGUÉM COLOCOU
E, não se trata de nenhum plano de conspiração, ninguém colocou uma faca no pescoço do Gladson para declarar que Nicolau Júnior e Mailza Assis, ambos, são seu Plano A.
NÃO É MOVIMENTO
O movimento do deputado Nicolau Júnior (PP) não é movimento de quem trabalha apenas para assegurar a sua reeleição. Isso a cada dia fica mais claro com suas andanças pelo estado.
STJ DECIDE
O próximo cenário político de 2026 será decidido num fórum jurídico, o STJ. Dependendo da decisão do colegiado sobre o futuro do governador Gladson Cameli, pode acontecer uma reviravolta no atual quadro ou não causar nada, e ficar tudo como se encontra. Por isso não é hora de açodamento da classe política. Cautela, cautela e cautela.
NADA FÁCIL
Não será tarefa nada fácil o deputado Tanísio Sá (MDB) derrotar o Vagner Sales (MDB) na disputa da presidência do partido. Vagner tem uma maior vivência partidária e uma forte base de apoio nos municípios.
FORA DE COGITAÇÃO
Embora seja o secretário que mais gera pautas políticas positivas para o governo de Gladson Cameli, é improvável que o secretário de Educação, Aberson Carvalho, seja candidato a deputado estadual no próximo ano. Já deixou isso claro.
SÓ NA HIPÓTESE
E só seria candidato a deputado federal numa hipótese da deputada federal Socorro Neri (PP) vir a disputar um mandato de senadora em 2026. Aberson e Socorro são aliados firmes.
AFRONTA E SUSPEIÇÃO
O ESTADÃO publicou que senadores e deputados federais do Acre destinaram emendas parlamentares para São Paulo. Não relacionou os nomes, mas isso tem que ser revelado, porque é uma afronta e causa suspeição sobre a decisão, de pegar uma emenda para beneficiar o estado e destinar a outro estado. Nesta tuba tem gato, ora se tem! Isso cheira a malandragem.
COMO VÃO EXPLICAR
A grande curiosidade será saber (quando os nomes forem revelados) por qual motivo deputados federais e senadores do Acre mandaram emendas parlamentares para São Paulo. Pode virar um escândalo.
AINDA NÃO ESPERANÇA
O senador Alan Rick (UB) ainda nutre esperança de que, mesmo acontecendo a formação da Federação entre União Brasil e PP, ele venha a ser o candidato a governador do grupo. Não será tarefa fácil tirar a candidatura de Mailza Assis (PP) de tempo, porque estará com a caneta em 2026 e tem boa relação com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, que será influente na Federação. É bom o Alan não ficar muito otimista nesta briga.
PODE SER QUE ME ENGANE
Pode ser que esteja enganado, mas vejo muita dificuldade do senador Alan Rick (UB) ganhar esta disputa dentro da Federação da vice-governadora Mailza Assis (PP), sobre quem será o candidato a governador do grupo.
DEIXA O BARCO CORRER
Quem está afastado do debate da sucessão estadual é o prefeito Tião Bocalom, mas não será mero espectador, mas porque quer ver a evolução do cenário. Se na metade do próximo ano estiver bem nas pesquisas, não tenho nem dúvida de que pode colocar a cabeça para fora na disputa do governo. Aguardem.
OUTRA ELEIÇÃO
Só que será outra eleição, os seus aliados na disputa da prefeitura de Rio Branco, estarão em outros palanques brigando pelo governo. São cenários diferentes, bem diferentes do da eleição municipal.
UNIDO NA OPOSIÇÃO
O MDB está unido na oposição, os vereadores Eber Machado, Neném Almeida e Fábio Araújo vêm marcando posições firmes nas cobranças e denúncias à gestão do prefeito Tião Bocalom. Cumprem o papel que lhes foi destinado pelas urnas.
CHAPA COMPETITIVA
Quem trabalha para a formação de uma chapa competitiva para deputado estadual no Solidariedade, é o presidente e deputado Afonso Fernandes; que, como poucos, sabe como montar boas chapas.
SEM POLITICAGEM
O que entendo como certo, registro no BLOG. Elogiável o prefeito Tião Bocalom promover a inauguração hoje da primeira creche para crianças de 0 a 4 anos no município. De vez em quando o prefeito acerta uma e não se pode esconder esse feito. Araruta tem o seu dia de mingau, diz o velho adágio.
QUESTÃO DE TEMPO
A formação da Federação União Brasil e PP é questão de tempo, há divergências, mas vai acabar sendo aprovada. A junção dos dois partidos vai ensejar uma disputa no estado para saber quem será o candidato a governador do grupo, se a vice-governadora Mailza Assis (PP) ou o senador Alan Rick (UB).
CONTINUA SEM EXPLICAÇÃO
Nada do que a secretaria de Saúde explicar vai justificar, que um aparelho novo de Raio-X continue abandonado há anos na unidade de saúde de Manuel Urbano. Um atentado contra os recursos públicos e contra o bom atendimento daquela população.
CULTURA NÃO É PRIORIDADE
É sério o risco desse ano não ter o circuito junino de quadrilhas, porque o prefeito Tião Bocalom alega que não existem recursos para a promoção, por causa dos gastos com a enchente. Venhamos e convenhamos, meu caro Bocalom, a alagação deste ano se comparada à anterior foi pequena. Se você não acha a cultura prioridade, então, é outra história. Que tem como bancar a tradicional atividade cultural, isso tem, porque não é grande o gasto.
FRASE MARCANTE
“O que se faz num dia é semente de felicidade (ou de infelicidade) para o dia seguinte”. Ditado indiano.