Câmara Criminal nega HC e mantém preso PM acusado de crimes com uso de farda e arma da corporação
O desembargador Samuel Evangelista, da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), indeferiu um pedido de Habeas Corpus (HC) impetrado pela defesa do policial militar Raimundo Moreira Júnior, conhecido como Lima Júnior. A defesa solicitava a aplicação de medidas cautelares alternativas ou a liberdade do acusado para que respondesse o processo fora da prisão. Com a decisão, o militar permanece detido preventivamente.
Raimundo Moreira Júnior foi preso em flagrante no dia 25 de março, durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar. Ele é acusado de atuar em cumplicidade com o policial penal Nieverson da Silva Parente, cometendo diversos crimes.Os dois utilizavam fardas, armas e se apresentavam como representantes das forças de segurança, mas atuavam sem respaldo legal ou autorização das instituições.
Segundo a investigação, a dupla apreendeu ilegalmente uma caminhonete Ford com placas bolivianas que estava em posse da ex-mulher de um empresário peruano, no Ramal Granada. O próprio empresário registrou uma queixa na Delegacia Geral de Polícia de Assis Brasil, alegando que o veículo havia sido tomado de forma indevida. . Ambos os envolvidos foram autuados em flagrante na Delegacia Geral de Polícia de Acrelândia e tiveram a prisão decretada durante audiência de custódia.
A defesa do PM alegou que o acusado não teve intenção de cometer os crimes, estaria sendo constrangido e nega a autoria dos atos. Mesmo assim, o pedido de liberdade foi negado pelo relator do caso, que intimou o impetrante a apresentar, no prazo de dois dias.