Moradores dos bairros Plácido de Castro, Boa Vista, João Paulo, loteamento São Sebastião, Boa União e Ayrton Sena, na região da baixada da Sobral, em Rio Branco, aproveitaram a primeira sessão itinerante da Câmara de Rio Branco, que ocorre nesta sexta-feira (11) no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da Sobral, para reclamar aos vereadores e ao Ministério Público, representado no evento Procurador de Justiça Carlos Maia, sobre as constantes alagações que ocorrem nessas regiões, supostamente em decorrência do assoreamento de um Igarapé pela descarga de lama captada pelo Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco – SAERB.
Maria Guedes, moradora da rua Liberdade, na Sobral, disse que a população vive em angústia e desespero até mesmo ao menor sinal de chuva.

Foto: Ângela Nunes, agente comunitária de saúde I Jardy Lopes/ac24horas
“O nosso problema começou em 2010 quando a ETA se instalou no bairro Santo Afonso e começou a jogar lavagem para dentro do Igarapé Sobral. O SAERB informou que o IMAC deu autorização, mas gostaria de saber como o IMAC dá autorização para o cometimento de um crime ambiental. Lá é Igarapé natural, fomos na nascente e até chegar na ETA a água é limpa e tem peixe. A última limpeza pesada feita para tirar lama foi no dia 17 de maio de 2023 e segundo a secretaria a limpeza não é feita, pois o IMAC não autoriza tirar lama do Igarapé; queria saber como IMAC autoriza o crime e não autoriza a limpeza?”, questiona.

Foto: Enoque Pereira, diretor-presidente do SAERB I Jardy Lopes/ac24horas
Guedes também questiona o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Acre – CREA, a quem ela aponta como responsável pela fiscalização de imóveis, por permitir construções irregulares na margem do Igarapé Sobral. “A avenida Sobral é uma área comercial. Da curva do bairro da Pista até o Placido de Castro temos 9 lojas de construção grande e quero saber porque essas edificações foram irregulares, apesar de denúncias”, afirmou.