O que o leitor está doido para saber é quantos produtores integrados à Dom Porquito e à Acreaves aderiram ou pleiteiam financiamento. R$ 400 mil a R$ 450 mil à disposição com juros a generosos 4%. É dinheiro barato como poucos na praça. Quantos irão querer?
As coisas andam meio travadas no governo. Muita reunião de alinhamento, treinamento sobre gestão de recursos, convênios… Parece o primeiro ano do governo. A impressão que dá é que estão jogando com os reservas e não os “titulares da pasta”, como chama a comunicação oficial.
Chama atenção o volume de reuniões entre autoridades do Brasil e do Peru e as demandas, principalmente, aduaneiras permanecem as mesmas há décadas. No encontro que encerrou ontem (10), em Puerto Maldonado, se fala novamente em acordos que visam “facilitação fronteiriça”, diminuição do tempo de espera de carretas com cargas, esse que é o maior gargalo da história.
Pelo lado brasileiro, a única receita é aumentar o efetivo de policiais federais, fiscais da receita e do ministério da agricultura. Há décadas se fala sobre essa necessidade e o governo federal não resolve.
O anúncio da contratação de fiscais pelo Ministério da Agricultura parece ter caído no esquecimento. O senador Alan Rick esteve com o ministro Carlos Fávaro essa semana, mas, pelo visto, não tocou neste assunto, apenas anunciou a entrega de equipamentos para o produtor rural em alguns municípios do estado.
Carlinhos do Pelado é do tipo que se for para ser feliz, que seja pleno. O prefeito de Brasileia é arretado. Completa 100 dias de gestão mantendo o estilo de vida de antes de ser eleito e, suas publicações nas redes sociais não deixam dúvidas: é o rei do pedaço. Eleitores vibram com suas imitações, shows no pole dance e o tradicional banho de mangueira. Vai que é tua, Carlinhos!
Dizem que lá pelas bandas da fronteira, onde o prefeito Carlinhos do “Pelado” tem colocado o peão no chão, Israel Milani está apelando para todos os santos para que a mãe, procuradora aposentada Vanda Milani, desista da candidatura à Câmara Federal. Orações estão sendo reforçadas a São Francisco de Assis, padroeiro de Brasileia.
O secretário municipal de saúde em Rio Branco, Rennan Biths, foi habilidoso ao lidar com a problemática do Aedes do Bem e ainda aposta no programa como solução para o problema da Dengue.
A informação da Perpétua Almeida sobre a possível agenda do presidente Lula ao Acre no final de maio, para inauguração do Complexo do Café na região do Juruá, nos lembra as imagens da inauguração da Fábrica de Peixes, em 2013 em Rio Branco. Um investimento milionário que se transformou em um grande elefante branco. São os mesmos atores. Será que foram tiradas as lições do caso?
A ida do senador Alan Rick para o “Novo” é mera especulação. O partido não tem tempo de TV e nem verba do fundão. Sem esse “combustível”, a sustentabilidade da articulação dependeria de uma ampla aliança. Nem Alan e nem o Jarude, até aqui, têm demonstrado expertise na construção de “pontes”.
Comparados a outros escândalos que “cardeais” do Progressistas se envolveram, a exoneração de Hélio Nascimento, ex-presidente do PP Jovem, teve rito sumário. Nessa hora, a lei de Chico não vale para Francisco? O vice-presidente do partido, Livio Veras, falou em direito ao contraditório.
Ao lado do senador Bittar, Gladson Cameli fez um dia de agenda pelo Senado da República. Os internautas não perdoam. Disseram que o “Zero Um” está com saudades do céu. Assim se comenta nos corredores do Congresso, pelo fato de ser o único cargo no legislativo com oito anos de mandato.
O senador Marcio Bittar, que não é besta, tratou logo de gravar um vídeo com Gladson – em céu de brigadeiro nas pesquisas – lhe enchendo de elogios. Com paletós em tons de azul e cinza, eles espalharam sorrisos e apertos de mãos pelo salão azul.
Governador Gladson Cameli comemora o sucesso da Secretaria de Assuntos Federativos, em Brasília, comandada pelo médico Flávio Rueda. Esta secretaria chama-se: secretaria abre portas, tal é a influência do Fábio Rueda na capital federal.
Os R$ 2 milhões da reforma do Hospital da Criança é uma emenda de 2018, de autoria do então deputado federal Major Rocha. Se a turma da SEOP não dá crédito a quem está com mandato, imagine de quem está fora do poder. Não precisa ser mãe Diná para saber que o nome do Rocha não foi para a placa de reinauguração e muito menos anunciado nos vídeos oficiais. É o jeito novo do Palácio Rio Branco.
Tem horas que o povo é um detalhe. A arenga política entre o prefeito Tião Bocalom e o senador Alan Rick é exemplo: o senador destinou R$ 1 milhão de emendas parlamentares em 2019 e a prefeitura de Rio Branco não fez o que tinha que fazer.
As comunidades da Baixa Verde, Barro Alto, Polo Hélio Pimenta e Polo Geraldo Mesquita deixaram de ser contempladas porque o dinheiro voltou para Brasília.
Bocalom está em uma encruzilhada: ou assume que não fez por lundum político ou assume que a equipe não tem competência para licitar casas de farinha. Uma equipe que não consegue licitar casas de farinha… tá danado!