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DCE cobra medidas da Ufac após ofensa xenofóbica de aluna de medicina

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Da redação ac24horas

O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Acre (DCE/UFAC) publicou uma nota de repúdio nesta quinta-feira, 10, na qual cobra providências institucionais em relação a Assúria Mesquita, estudante do curso de Medicina que fez declarações xenofóbicas contra o Acre em uma publicação na rede social X (antigo Twitter). O conteúdo preconceituoso gerou forte repercussão entre alunos e moradores do estado.


No documento, o DCE classifica as declarações como “inadmissíveis” e afirma que elas estão carregadas de “preconceito, desinformação e desprezo pela cultura acreana”. Para os estudantes, é especialmente grave que esse tipo de comportamento parta de alguém que cursa uma graduação pública, financiada com recursos da sociedade, que foi alvo da ofensa.


“Xenofobia é crime, fere a dignidade das pessoas e perpetua desigualdades históricas que o movimento estudantil combate há décadas”, destaca o texto. A nota também aponta que, ao zombar de quem vive no Acre, a estudante desrespeita não apenas os moradores e estudantes do estado, mas também os princípios humanos e sociais fundamentais à formação na área da saúde.


O DCE reforçou que a Ufac é um espaço de pluralidade e inclusão e declarou que não compactua com qualquer forma de discriminação, seja de origem, raça, gênero, orientação sexual, classe ou outra natureza. Os estudantes exigem que a universidade adote as medidas cabíveis diante do ocorrido e que o caso também seja acompanhado pelas instâncias legais competentes.


“Não nos calaremos diante de atos de ódio e intolerância. Lutamos por uma universidade pública, popular, democrática e antixenofóbica!”, conclui a nota.


A Universidade Federal do Acre já havia se manifestado sobre o caso, informando que a estudante foi ouvida pela coordenação do curso e que seguirá avaliando as medidas cabíveis no âmbito institucional.


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