Concordo com a expressão acima e para melhor entendê-la, decidi traduzí-la: “é a economia, estúpido
Quando dez dos mais graduados economistas, entre nós e mundo afora, se reúnem para reagir aos múltiplos desafios que surgem, com bastante frequência acometem as suas economias, geralmente, cada um deles sugere as mais diversas soluções para a mesma causa.
Assim sendo, qual delas deverá prevalecer e a ser seguida? Caso os desafios continuem, a sugestão posta em prática encontra como adversários todos aqueles que não sugeriram a fracassada solução.
O nosso país, até o estabelecimento do Plano Real, no que diz respeito ao combate da nossa a inflação, viveu e assistiu a implantação de diversos planos econômicos, sem que os seus pretendidos resultados tenham sido alcançados. Entre os anos 1985 e 1994, não menos que seis planos econômicos foram instituídos, e todos eles foram frustrados, posto que, a nossa inflação, o mau que pretendiam combater sempre acabava voltando e forma ainda mais agressiva.
Quando da disputa presidencial dos EUA, entre George W. Bush e Bill Clinton e a economia dos próprios EUA, a despeito da sua reconhecida pujança, enfrentava sérias dificuldades, James Carville, marqueteiro do candidato Bill Clinton, saiu-se com esta: “é a economia, estúpida”. Ainda que a referida frase, pó si só, não tenha determinado a derrota do republicano George W. Bush, nas eleições de 1.992, foi atribuída a sua má gestão no quesito economia.
Pelo sim pelo não, restaram aos candidatos incumbentes, ou seja, àqueles que concorrem as suas próprias reeleições que a economia poderá se revelar a favor ou contrariamente, as suas próprias reeleições. Na mais recente disputa presidencial dos EUA a situação econômica dos EUA em muito contribuiu para o retorno de Donald Trump ao poder.
Aqui no Brasil, a despeito da odiosa polarização “Lula/Bolsonaro”, caso a nossa economia, em 2026, nos seguintes itens: inflação, geração de empregos, endividamento público, segurança pública, educação pública e saúde pública estiverem em níveis confortáveis, se o presidente Lula for candidato a reeleição, ninguém o derrotará, entretanto, se a nossa economia estiver igual ou pior que a que ora vivenciamos, a sua derrota será inevitável.
Portanto, quando a tal direita acusa o presidente Lula de comunista e a tal esquerda acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro de golpistas, apenas estão alimentando os seus radicalismos, sem se darem por conta que a virtude, ou seja, a vitória será determinada por aqueles que se encontram no meio e nunca nos extremos.