O policial penal Romilson da Silva Luna, de 35 anos, se envolveu em uma briga com populares na manhã desta terça-feira (8) depois de um acidente de trânsito envolvendo sua esposa, em Rio Branco, e está sendo acusado de ter agredido testemunhas do acidente e impedir o registro da cena.
De acordo com as informações de boletim de ocorrência, por volta das 7h30 desta manhã, um motorista identificado como Aurimar Vieira de Pinho trafegava em um carro Fiat Strada na rua Marfim, no bairro Wanderley Dantas, quando colidiu com uma motocicleta dirigida por uma mulher. Aurimar prontamente parou seu veículo e deu socorro a motorista da moto, acionando a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, quando Romilson, que se identificou como esposo da vítima do acidente, chegou ao local de maneira agressiva e perguntou: “Quem foi o arrombado que fez isso?”.
Como o acidente ocorreu em frente a um estabelecimento comercial da família de Aurimar Vieira, os primos do motorista tentaram ajudar no socorro à vítima, mas foram agredidos. Foram vítimas das agressões, segundo Aurimar, Francisco Vieira (primo de Aurimar) e a esposa dele, Ivana Márcia Ribeiro. Quando um outro primo do motorista, identificado como Adenilson Vieira, tentou gravar a situação que se agravava, o policial penal teria agido para impedir o registro e chegou a correr atrás do homem. A polícia esteve no local e conduziu os envolvidos para a delegacia. Um vídeo mostra o momento em que populares tentam conter o policial, que descontrolado, impede a gravação da discussão (veja o vídeo abaixo
).Ao ac24horas, Aurimar Vieira de Pinho disse que esperava de um policial uma postura diferente. “Esperava que soubesse resolver sem tumulto, porque o que ele fez foi coisa de pessoa desequilibrada. Imagine se ele tivesse uma arma? Porque ele correu atrás da gente até quase em casa. Não omitimos nada, paramos, prestamos socorro, pelo que vimos foi a pessoa da moto que atravessou a preferencial, então esperávamos um comportamento padrão”, afirmou.
As vítimas das agressões prometem levar o caso à justiça e à corregedoria da Polícia Penal. A reportagem tentou contato com Romilson da Silva ou com seus representantes legais, mas não obtivemos sucesso até o fechamento desta reportagem. O Instituto de Administração Penitenciária do Acre – IAPEN também foi procurado e por meio de sua assessoria informou que o caso não envolve a instituição, e que por isso, nenhum procedimento – como sindicância – está previsto para ser aberto.