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Acre registra quase 24 mil ocorrências de estelionato em menos de 5 anos

Por
Whidy Melo

Em menos de 5 anos o estado do Acre registrou em delegacias de polícia quase 24 mil ocorrências de estelionato. Apenas nos primeiros 2 meses de 2025, foram registrados 1045 casos. As informações são do Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre.


De acordo com os dados do MPAC, em 2021 foram registrados 4314 casos; em 2022, foram feitos 5779 boletins de ocorrência; em 2023, 5767; em 2024, 6637 denúncias foram feitas. Em janeiro e fevereiro deste ano já foram contabilizadas 1045 casos. No total, desde janeiro de 2021 até o fim de fevereiro de 2025, o número de registros chega a 23.542.


Foto: Painel do Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre/MPAC

O estelionato é um crime de fraude, onde alguém engana outra pessoa para obter vantagem financeira. Em termos simples, é quando alguém mente, engana ou faz promessas falsas para conseguir dinheiro, bens ou serviços de outra pessoa.


Veja o número de ocorrências por município:

Foto: Painel do Observatório de Análise Criminal do Núcleo de Apoio Técnico do Ministério Público do Acre/MPAC

No Brasil, o crime de estelionato está previsto no código penal, artigo 171. A pena pode incluir prisão, multas substanciais e a obrigação de ressarcir a vítima pelo dinheiro ou bens perdidos.


Código penal, artigo 171:

Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.


No Acre, recentemente dois casos de denúncias de estelionato ganharam grande repercussão na mídia.


Em março de 2023, o ac24horas revelou em primeira mão e em detalhes o caso da ex-professora da rede pública Elydiane de Castro Gomes, que foi acusada de aplicar golpes que somam valores que ultrapassam os R$ 400 mil. Ela foi condenada em outubro daquele ano pela segunda vez, mas cumpre pena em regime aberto, como da primeira vez que foi condenada, em 2022.


Já no dia 24 de março de 2025, o ac24horas revelou que Antônio Pereira de Oliveira Neto, proprietário da empresa Atos Engenharia, é acusado de usar sua empresa e a visibilidade da rede de lojas Gazin – com a qual formou parceria -, para desaparecer com investimentos de clientes em placas fotovoltaicas. A Polícia Civil investiga o caso.


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Whidy Melo