No último sábado (29), durante a manutenção das câmeras de segurança da sede da Associação Rondoniense de Municípios (AROM), técnicos descobriram uma escuta sofisticada na sala da presidência.
Na segunda-feira seguinte, ao dialogar com o presidente Hildon Chaves, uma funcionária de alto escalão, que foi contratada em 2021, admitiu ter instalado o dispositivo. Após sua confissão, e na presença de um advogado e contador da AROM, Chaves decidiu demitir a funcionária por justa causa. “Não sabemos há quanto tempo e quantas pessoas estavam ouvindo as conversas dos prefeitos durante as reuniões na presidência,” afirmou Hildon.
A crise na AROM teve início quando um grupo de onze prefeitos, que tinham indicações de cargos na entidade, se viu envolvido em uma série de polêmicas após a demissão de dez funcionários. De acordo com fontes internas, alguns salários pagos aos membros da AROM eram superiores aos dos próprios prefeitos, o que gerou insatisfação e acusações de desperdício de recursos.