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Para Edvaldo, retirada de 10% do PCCR da Educação é ‘covardia’

Por
Marcos Venicios

Em entrevista ao programa Boa Conversa, do ac24horas, nesta terça-feira, 1, o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) criticou a postura do governo do Acre em relação à retirada de 10% do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos trabalhadores da educação. A pauta foi apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Acre (Sinteac) durante manifestação na frente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).


O parlamentar classificou a decisão do governo como “a mais covarde” já tomada contra a categoria. Segundo ele, a retirada desse percentual atingiu de forma severa tanto os profissionais da ativa quanto os aposentados, prejudicando a estabilidade financeira dos servidores.


“Hoje se completam três anos da decisão mais covarde que já foi tomada por um governo com relação aos trabalhadores da educação na história do Acre. A conquista de um plano de carreira, a conquista da estrutura dessas carreiras levaram dezenas de anos e muitas mobilizações de rua para se chegar a essa conquista. De uma hora para outra, com dinheiro em caixa, sem nenhuma justificativa técnica que se sustentasse de pé, vocês acompanharam essa discussão na legislatura passada. Se quebrou e se arrancou essa conquista dos professores e das professoras, que atinge em cheio quem está na ativa e atinge até de forma fatal quem está aposentado. O movimento dos ‘cabeças brancas’ surgiu em função desta forma de retirada”, declarou Magalhães.


O deputado também criticou a demora do governo em cumprir a promessa de recomposição dos valores retirados. Segundo ele, mesmo com “folga fiscal” nos anos anteriores, não houve qualquer avanço na correção da medida.


“Refazer o que foi feito errado é urgente e eu não vejo, da parte do governo, embora tenha prometido que isso ocorreria no primeiro ano do segundo governo, mas não ocorreu e teve folga fiscal. O que ocorreria no segundo ano também não ocorreu e teve folga fiscal também no segundo ano. E já estamos no terceiro ano do segundo governo e vamos ter já já folga fiscal, mas até agora só tem a palavra de que vai corrigir a injustiça e nada mais. Nesse sentido, acho que a luta dos trabalhadores em educação será decisiva para que a gente possa reabrir essa injustiça que foi cometida”, enfatizou.


Questionado sobre a possibilidade de paralisação da categoria caso a recomposição não seja feita ainda este ano, Magalhães afirmou que os professores não vão aceitar a manutenção desse quadro sem mobilização.


“Não existe possibilidade nenhuma de, com uma negativa, as coisas permanecerem como estão. Na normalidade do funcionamento da educação, vai ter que ter greve, vai ter que ter luta, vai ter que ter acampamento, vai ter que ter batalha de rua. Porque isso diz respeito à vida das pessoas, à segurança de ter um dinheiro para pagar o remédio quando estiver aposentado. Isso diz respeito à dignidade das professoras e dos professores do estado do Acre”, finalizou o deputado.


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Marcos Venicios