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Fujam deles

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Em nome do cristianismo, a fé que professo, declaro-me contrário ao charlatanismo


Quando assisto, particularmente, nos nossos meios de comunicação: rádios, televisões e redes sociais e demais espaços que lhes são concedidos, não raramente, remunerados, alguns falaciosos se dizem enviados por Deus e ainda dizem mentirosamente que recebe diretamente as mensagens do seu filho, chego a perguntar: por que a nossa legislação ainda não estabeleceu o crime de lesa-crença?


Como a maioria dos brasileiros professa a religião cristã, por que ao se proclamarem católicos ou protestantes, as suas práticas litúrgicas não são as mesmas, se ambas devotam o mesmo filho de Deus?

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Na minha visão, para se beneficiarem da infame condição de “charlatão” quando assisto qualquer um deles fazendo as curas das mais graves doenças, até mesmo daquelas que a nossa ciência médica, a despeito de sua evolução, não consegue alcançar, chego a perguntar: por que a liberdade religiosa não põe freios às ações dos tais charlatões, ou seja, dos enganadores da boa fé?


Aos tais embusteiros e reportando-me aos mais espalhafatosos pergunto: se o seu Deus é o mais poderoso, mas até mesmo àquele que criou o universo e o único capaz de salvar as nossas almas, para onde serão levadas as almas de um quarto da população mundial, digamos assim, dos chineses e dos indianos que creem em outros deuses?


Tendo em vista a minha própria religião, a cristã, professo-a em razão do bem que a mesma busca proporcionar. Daí as minhas preocupações com a disputa entre o cristianismo civilizacional e o cristianismo tribal. No civilizacional, os poderes políticos e financeiros têm a obrigação moral de servir aos necessitados, já no tribal, pregado pelo presidente Donald Trump e seu inspirador espiritual Alan Musk, a pobreza deverá ser descartada.


Outro questionamento: por que o cristianismo pregado em Israel não crer no mesmo Jesus que os nossos religiosos pregam? Lamentavelmente porque, e ao longo dos tempos, seja no mundo católico, seja no mundo evangélico, seus mais fantasiosos pregadores   passaram a misturar política com religião, e o resultado não poderia ser outro, a não ser, o que ora vivenciamos.


A fé que devotamos e em qualquer religião, sempre que misturada com a política, jamais produzirá bons resultados, e neste particular, citamos como exemplo a desunião que passou a existir entre os integrantes das nossas religiões e entre membros da mesma família.

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Portanto, entre o “L de Lula” e o “B do Bolsonaro”, para nós, brasileiros, religiosamente, por que não o “J de Jesus”?


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