O senador Sérgio Petecão (PSD) afirmou, em entrevista ao programa Gazeta Entrevista nesta sexta-feira (28), que seu partido não lançará candidato ao governo do Acre nas eleições deste ano. Além disso, negou qualquer aliança com o PT do ex-governador Jorge Viana.
Durante a entrevista, Petecão destacou que o PSD está concentrado em sua candidatura à reeleição no Senado e na formação de chapas para deputados estaduais e federais.
“O PSD não tem candidato a governador. O PSD tem um candidato a senador, que sou eu. Vou tentar a reeleição. Queremos, se Deus quiser, montar uma bela chapa de deputados federais e estaduais. Esse é o nosso foco”, declarou.
Sobre a possibilidade de o PSD formar uma federação com outro partido, o senador afirmou que o assunto ainda não está definido, mas considera improvável uma aliança com o PSDB. “Há dois meses, conversei com o presidente Gilberto Kassab, e ele disse que estavam costurando uma aliança com o PSDB. Porém, na última reunião do partido, conversando com os membros da nossa bancada, a informação que tenho é que essa aliança não avançou. Tanto que hoje a liderança do PSDB está migrando para o PSD. A governadora de Pernambuco acabou de se filiar ao partido, e o governador do Rio Grande do Sul também deve se filiar. Então, acredito que essa aliança entre PSD e PSDB não deve prosperar. Mas ainda não há confirmação oficial”, explicou.
O senador também negou qualquer articulação política com Jorge Viana e o PT. “Faz muito tempo que não falo com o Jorge, mas não tenho nada contra ele. Pelo contrário, até gosto dele e do Tião. Tenho falado mais com o Tião, que está morando em Brasília. Mas com o Jorge, não tenho mantido contato. Ele tem todo o direito de lançar sua candidatura, assim como o PT. Para mim, isso é até melhor, porque um dos discursos dos meus adversários é dizer que sou um candidato do PT. Mas eu não sou. O candidato do PT é o Jorge Viana”, esclareceu.
Segundo Petecão, Viana pode concorrer ao Senado, mas ainda não há confirmação oficial. Caso isso ocorra, os dois estarão na disputa direta pelo cargo.
Durante a entrevista, o senador também abordou a possibilidade de privatização de trechos da BR-364 e os impactos para o Acre. Ele participou recentemente de uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado para debater o tema.
“Está em discussão a privatização do trecho da BR-364 entre Vilhena (RO) e Porto Velho (RO). Com isso, haverá melhorias, como duplicação da rodovia. No entanto, nós, do Acre, também pagaremos o preço, mas sem receber os benefícios. O empresário não perde. Ele repassa os custos, e quem paga é o cidadão”, criticou.
O parlamentar defendeu que, caso haja privatização, a BR-364 no trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul também seja contemplada. “Por que não privatizam a BR-364 de Rio Branco até Cruzeiro do Sul? Sabe por quê? Porque não dá lucro”, questionou.