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As alternativas de Alan Rick

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

Parece bem encaminhada – existem divergências em alguns estados – a formação da Federação composta pelo PP e pelo União Brasil. Não acredito que o senador Alan Rick (UB), venha a ser o candidato a governador deste grupo; porque há uma tendência natural que o comando regional fique com o governador Gladson Cameli, que deve indicar a sua vice Mailza Assis (PP) para buscar a sua sucessão. Neste caso, o caminho mais sedimentado para o senador Alan (UB) é que se filie ao MDB, onde segundo o presidente Vagner Sales (MDB) será recebido com tapete azul. Para o Republicanos Alan não iria, por ser um partido aliado. Não se ganha o que se tem. O MDB teve 111 mil votos na última eleição municipal, é organizado em todos os municípios, têm deputados e vereadores, e tradição política. Pelo que chequei com o grupo majoritário do MDB, o nome do Alan não tem arestas. E, também, que partido não iria querer nas suas fileiras um senador que lidera todas as pesquisas feitas até aqui para o governo? Por tudo o que foi exposto, não vejo outro caminho para o senador Alan Rick (UB) que não seja o de disputar o governo pelo MDB. Se não aparecer um ponto fora da curva, este é o provável cenário do próximo ano.


MAL NA FITA


Os discursos elogiosos feitos ao BLOG e num almoço na residência do empresário e radialista Pedro Valério, direcionados ao governador Gladson Cameli, e seu aceno a uma composição com a vice-governadora Mailza Assis(PP) ao governo, deixaram o ex-prefeito Marcus Alexandre mal na fita na mesa azul dos cabeças brancas do MDB. Foi o que ouvi ontem de vários cardeais da cúria do partido. Marcus ainda andou pelo MDB tentando explicar que não é nada disso, que é um soldado do partido, mas não foi o suficiente para tirar as dúvidas que ficaram.


ALMOÇO LITÚRGICO


Perguntei ontem a um dos mais influentes cabeças brancas do MDB, que esteve no almoço oferecido pelo empresário e radialista Pedro Valério; onde estavam também a vice-governadora Mailza Assis (PP) e o ex-prefeito Marcus Alexandre, qual foi o resultado prático do encontro. Resposta: “Foi um almoço litúrgico, saímos como entramos, sem candidato ao governo e nenhum compromisso de aliança”.


NADA VAI SE RESOLVER


A mais real explicação sobre o cenário político para o governo e para senador, foi traçado ontem por um influente parlamentar da base do governo: “Enquanto não acontecer o julgamento do Gladson, para saber se ficará ou não inelegível, tudo que se falar sobre a disputa de 2026 serão palavras ao vento”. Concordo.


MARCA A TRAJETÓRIA


Problemas qualquer gestão tem, ninguém é imune a eles. Mas só o fato do secretário de Educação, Aberson Carvalho (como o aval do governador Gladson) estar organizado para ser realizado em abril o maior concurso público para a Educação de todos os tempos no estado, já marca positivamente a sua administração.


AGORA É RÉU


Não adianta lamento, o Bolsonaro e seu grupo que tramou um golpe de estado fracassado, como já estava previsto, viraram réus, por decisão unânime do STF. Como foi burro! Volto a repetir: tivesse aceito a vitória do Lula nada disso estaria lhe acontecendo e seria candidato em 2026, com chance de ganhar. Como peixe boquirroto, morreu pela boca.


NÃO DESCE DO MURO


Podem cutucar com vara de bambu afiada, que não se consegue fazer o senador Márcio Bittar (MDB) descer do muro, para dizer se apoiará a Mailza Assis (PP) ou o Alan Rick (UB) para o governo, na eleição do próximo ano. Diz apenas uma frase solta e sem sentido: “Sou pela unidade”.


FIM DA PALHAÇADA


O governador Gladson poderia intervir e acabar com a palhaçada. No governo do PT iniciaram há 15 anos o processo de tombamento da sede do Rio Branco Futebol Clube e não concluiram; o imóvel virou escombro, e o clube precisa da área para lhe dar uma destinação. O único que tem encampado esta luta é o deputado Afonso Fernandes (Solidariedade). Não me lembro de quem é a frase que diz que, se o governo colocar a mão num circo, os anões dos cast crescem e o empreendimento fale. Foi o que os governos do PT fizeram com o clube Rio Branco. Uma pouca vergonha isso não ter sido ainda resolvido. Com a palavra, o Cameli.


NÃO SE CONCEBE


O linchamento público de uma mulher na Cidade do Povo é uma prova de que a polícia perdeu o controle daquele bairro, que se tornou um dos mais violentos da cidade. O que era para ser um bairro aprazível, virou um inferno para os moradores, virou a Cidade do Medo. Quem pensar o contrário, ouse andar à noite pelo bairro sozinho ou mesmo de dia.


NÃO É PARA RIR?


O ex-presidente Bolsonaro diz que imprimiu a “minuta do golpe” no Palácio do Planalto “para ver o que era”. Não dá para rir? Como o golpe contra a democracia é crime, por que razão não denunciou o fato?


PURO TURISMO


Alguém, se souber, me aponte algum proveito para a população ou para a Câmara Municipal de Rio Branco, das carradas de viagens de turismo de vereadores ao nordeste, sob o falso pretexto de fazer cursos. Acerta o presidente Joabe Lira (PL) ao acabar com essa farra que existia na gestão anterior.


O MÍNIMO DE PUDOR POLÍTICO


O prefeito Bocalom deveria ter o mínimo de pudor político para agradecer ao presidente Lula a liberação de R$ 10 milhões para a compra de bombas novas para a ETA II. Não creio que tenha essa humildade, sua raiva ideológica impede este tipo de gesto.


MONTANDO CHAPA


Aos poucos o Podemos vai montando a sua chapa de candidatos a deputado federal. Já tem nomes como de Ney Amorim, Mazinho Serafim e Jesus Sérgio. O presidente Ney acredita numa chapa forte para a briga por vagas na Câmara Federal.


FEDERAÇÃO EM DISCUSSÃO


Está em discussão a formação de uma Federação entre o Solidariedade e o PSDB. Foi o que informou ontem o deputado Afonso Fernandes (Solidariedade). Será bom para os dois partidos, porque se fortalecem.


SEM DEPUTADO


O PDT vai ficar sem os seus dois deputados estaduais. Pedro Longo vai para o PSDB; e Michelle Melo, provavelmente, para o MDB. Esperam abrir a janela partidária, em abril do próximo ano, para tomarem rumo.


NÃO ME ADMIRARIA


Não vou me admirar nem um pouco se for fechada uma chapa com Alan Rick (UB) para o governo e Jéssica Sales (MDB) como vice.


ÚNICA MULHER


A ex-deputada federal Mara Rocha é até aqui a única mulher que se colocou na disputa por uma das duas vagas para o Senado, na eleição do próximo ano. E para brigar.


NEM COMEÇOU


O jogo para a eleição do próximo ano nem começou a ser jogado. Ninguém sabe nem como ficará o cenário político do estado. A água nem começou a passar por debaixo da ponte. É cedo, muito cedo, para se saber que bicho vai dar em 2026.


FRASE MARCANTE


“O governo é como cobra venenosa. Continua provocando medo até mesmo quando está morta.” Ney Suassuna.


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Luis Carlos Moreira Jorge