Bairro 6 de Agosto, em Rio Branco I Foto: Whidy Melo/ac24horas
O Acre está entre os seis estados brasileiros que concentram toda a gestão da saúde na capital, segundo a pesquisa Gestão do Território 2024, divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo analisa a distribuição dos Centros de Gestão em 5.570 municípios do país, evidenciando como a administração pública é organizada nos níveis federal e estadual.
Além da centralização da saúde em Rio Branco, o levantamento também destaca desafios na gestão educacional. O Acre, assim como Amapá, Amazonas e Roraima, não possui níveis intermediários de administração estadual da educação entre a capital e os municípios.
Embora existam unidades regionais em todas as cidades do estado, elas exercem jurisdição apenas sobre seus próprios territórios, sem significativamente sobre outras localidades. Essa estrutura pode dificultar a gestão, especialmente em municípios de grande extensão territorial e com distritos de difícil acesso.
A pesquisa do IBGE revela que, em 2024, apenas 39,1% dos municípios brasileiros são classificados como Centros de Gestão do Território, número reduzido inferior aos 39,6% registrados em 2014.
Na região Norte, muitos municípios apresentam baixo nível de centralidade na gestão pública, o que pode impactar o alcance e a eficiência dos serviços estaduais.
A Gestão do Território 2024 reforça o papel das capitais e dos grandes centros urbanos na hierarquia administrativa do país. Brasília liderou o ranking nacional por sediar as principais instituições públicas, seguida por Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE), que ocupam o segundo nível hierárquico.
O estudo também aponta que 528 municípios brasileiros receberam reforço no indicador de centralidade da gestão pública para desempenharem papel relevante na administração estadual, especialmente nas áreas de saúde e educação.