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Jarude expõe estudo que coloca Acre na última colocação em Educação

Por
Marcos Venicios

O deputado Emerson Jarude (Novo) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 25, para criticar a gestão estadual, expondo dados alarmantes sobre a qualidade da educação no Acre, mencionando um estudo do Centro de Liderança Pública que coloca o estado na 26ª posição do ranking nacional, à frente apenas do Amapá. Ele destacou que, desde 2019, quando o atual governo assumiu, o Acre caiu do 19º para o penúltimo lugar no Brasil.


“O que está acontecendo é um roubo ao futuro dos nossos jovens! De 2019 pra cá, a educação só piorou. E o responsável direto por isso é o secretário Aberson Carvalho, que está assaltando a nossa educação. Não sou eu quem digo, são os números”, disparou.


O deputado criticou ainda a falta de transparência nos contratos da Secretaria de Educação, citando empresas do Maranhão contratadas para reformas escolares que, segundo ele, muitas vezes não acontecem ou são superfaturadas. Além disso, apontou problemas na merenda escolar e em concursos públicos, que, segundo ele, têm regras “escusas” para beneficiar aliados do governo.


Diante da gravidade da situação, Jarude cobrou a convocação do secretário de Educação para prestar esclarecimentos na Aleac. “Como presidente da Comissão de Educação, deputado Gilberto Lira, e eu como vice, temos a responsabilidade de chamar o secretário aqui para explicar por que o Acre ocupa o penúltimo lugar em educação. O que está sendo feito para mudar essa realidade? Porque, até agora, só piorou! ”, declarou.


O ESTUDO


O ranking avalia a qualidade da educação nos estados com base em sete indicadores: Avaliação da Educação, IDEB, ENEM, Índice de Oportunidade da Educação, Taxa de Frequência Líquida do Ensino Fundamental, Taxa de Frequência Líquida do Ensino Médio e Taxa de Atendimento do Ensino Infantil.



Entre os dados mais preocupantes, a taxa de atendimento na educação infantil coloca o Acre na 26ª posição, com um índice de 25,06%. Esse indicador mede a quantidade de crianças que têm acesso à escola na primeira infância, etapa essencial para o desenvolvimento educacional.


Outro ponto crítico é a taxa de frequência líquida do ensino fundamental, que ficou na 23ª colocação, com 45,9%. Esse dado mostra que menos da metade das crianças e adolescentes estão na série escolar adequada para a idade.


O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do estado também caiu, alcançando a 14ª posição, com nota normalizada de 47,26. O resultado representa uma piora em relação ao levantamento anterior, sinalizando desafios na qualidade do ensino.


Apesar do cenário negativo, houve uma leve melhora no Índice de Oportunidade da Educação, que avançou cinco posições e agora ocupa o 23º lugar com 23,08 pontos. O ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também permaneceu estável na 23ª colocação.


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Marcos Venicios