Com objetivo de reverter esses efeitos climáticos gerados, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis, um professor da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) vem desenvolvendo um bio-óleo produzido a partir do caroço do açaí.
O professor do colegiado de Engenharia Química, Menyklen Penafort, lidera o projeto na universidade e explica que o material é produzido a partir de um processo denominado pirólise, uma decomposição térmica sem oxigênio, e que o procedimento gera produtos de alto valor energético, como o bio-óleo que tem diferentes aplicações.
A pesquisa faz parte de um projeto mais amplo coordenado pelo professor Nélio Machado, da Universidade Federal do Pará (Ufpa), intitulado “Gasolina Verde” que, além do açaí, também utiliza caroços de tucumã na produção de combustíveis. O objetivo do grupo é apresentar os resultados na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) marcada para novembro deste ano, em Belém, no Pará.
Para desenvolver projetos como o do bio-óleo de caroço de açaí, a Ueap está estruturando o Núcleo de Energia e Biorrefinaria Sustentável da Amazônia (NEBSA), que terá suas ações focadas em pesquisa, consultoria e inovação em tecnologias limpas, com foco em energias renováveis, biocombustíveis e valorização de resíduos da Amazônia.