Jair Bolsonaro, ex-presidente da República • Inteligência Ltda. Podcast
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (24) estar despreocupado com o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que definirá se ele se tornará réu por uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Não tem como eu participar de uma organização criminosa armada se não tiver nenhuma arma no 8 de janeiro, não existe essa possibilidade. Eu não tenho preocupação nenhuma do que estou sendo acusado”, disse Bolsonaro em entrevista ao podcast “Inteligência LTDA”, ao ser questionado sobre a sua expectativa para a audiência.
A Primeira Turma do STF começa a analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros sete acusados nesta terça-feira (25).
“Começa amanhã o julgamento pela admissibilidade, se eu me torno réu ou não. Tenho bons advogados, e eles vão em um primeiro momento explorar a questão de tecnicidade”, disse o ex-mandatário.
Bolsonaro voltou a comentar sobre o fato de que o caso deveria ser analisado pela primeira instância e, no STF no plenário, não pela Primeira Turma. Além de que sua defesa não teve acesso completo aos depoimentos do seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, que fechou com acordo de delação premiada com a Justiça.
Julgamento da denúncia
A expectativa é a de que, pela manhã da terça, sejam ouvidas as defesas de todos os denunciados.
Na parte da tarde, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deverá fazer a leitura de seu relatório e dar voto a favor ou contra o mérito da questão, ou seja, dizer se vota para aceitar ou não a denúncia.
Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter cometido os seguintes crimes:
• organização criminosa armada;
• tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
• golpe de Estado;
• dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
• e deterioração de patrimônio tombado.
Além de Bolsonaro e Mauro Cid, compõem o “núcleo 1” os ex-ministros Walter Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além do deputado federal Alexandre Ramagem e do almirante Almir Garnier.