A Associação dos Municípios do Acre continua figurando como um mero cabide de empregos. A eficiência é quase zero. Os projetos encaminhados à Brasília tramitam entre os ministérios sem prazo para serem empenhados, recebem pouca atenção dos deputados e senadores. Há quem diga que a aparente ineficácia é efeito do poder dado aos parlamentares por meio da execução da emenda pix. Prefeitos do interior têm reclamado que faltam técnicos para orientação de como preparar um projeto para ser encaminhando ao governo federal. Mas ao mesmo tempo, sobra gente na folha de pagamento. Mas, calma! O problema não é de agora…
Maior controle
A aprovação do OGU foi um alívio para o presidente Lula, mas, o Congresso saiu vitorioso, vai controlar R$ 50 bilhões da fatia total de investimentos, podendo destinar às suas bases eleitorais sem o menor compromisso com as políticas públicas.
Para o Acre
Do orçamento, a bancada federal do Acre tem R$ 178 milhões empenhados de um total de R$ 309 milhões aprovados. Quem vai definir para onde e qual município ou instituição destinar, são os 11 parlamentares. O pretexto usado é que “Eles” conhecem melhor a “vida real” de seus eleitores e, portanto, podem priorizar ações de impacto e resultados mais rápidos.
Semipresidencialismo
Como observou o jornalista Luiz Carlos Azevedo, “no semipresidencialismo clássico, o parlamento responde pelo sucesso ou não das políticas públicas. Aqui, não, o modelo é informal, uma espécie de “semipresidencialismo caboclo”, mais uma jabuticaba política.
Custo x benefício
A cópia do contrato entre a prefeitura de Rio Branco e a madeireira que realiza os cortes dos moldes das casas do projeto 1.001 dignidades, deverá ser alvo de investigação. Sem uma casa pronta (a não ser a do protótipo), a oposição suspeita da transferência de meio milhão de reais à proprietária da serraria.
Mês da mulher
Entramos na última semana de março, mês dedicado à mulher. Várias reflexões ficam, entre elas, a que o feminismo errou ao excluir os homens do debate que vem sendo promovido na última década.
Opinião
A jornalista Mariliz Pereira afirma ser compreensível que haja raiva e ressentimento por séculos de opressão e desigualdade, mas não se faz revolução sozinho. “Não se muda uma realidade de machismo e misoginia apenas com a conscientização feminina de que sofremos violências, se a sociedade não assume a tarefa de também sensibilizar e educar as novas gerações do sexo masculino”, escreveu.
Realidade
O Acre voltará à triste realidade de segundo estado do país que mais comete feminicídio, com poucas ações práticas, inclusive educacionais, de combate a essa violência que atinge, principalmente as cidades interioranas.
Falta água
O município se esforça, mas, não consegue se livrar da expressão “falta água”. Moradores do Conjunto Universitário estão ameaçando fazer um panelaço em frente à prefeitura. A falta de água é constante em um dos maiores bairros da cidade e quando o líquido precioso chega às torneiras, apresenta turbidez indesejada. “Parece que a água vem direto do rio”, disse um morador à coluna.
Do lado esquerdo
Com o presidente da Assembleia, deputado Nicolau Junior lado a lado, o governador Gladson Cameli fez aquela visita de médico em Cruzeiro do Sul e Tarauacá entregando sacolões e estampando sorrisos largos nas fotos. Coronel Batista ficou meio sem graça em uma das imagens postadas nas redes sociais.
Puxadinho
Fórum de Desenvolvimento do Acre é uma coisa. Outra é o Fórum Empresarial de Inovação de Desenvolvimento do Acre. Podem ser parceiros em algumas agendas. Mas a instância de debate coordenada pela Fieac não é um “puxadinho” do Governo.
Neo-extrativistas
Existe uma nova geração de extrativistas na Reserva Extrativista Chico Mendes. Gente nova, com menos de 35 anos, e que maneja com alguma intimidade as redes sociais; gente que quer a floresta preservada e produtiva.
Café com mel
O café é a grande atração agora. E, a novidade é a associação à meliponicultura: produção de abelhas sem ferrão. A ideia é usar as abelhas agora no período de florada do café. E vai acabar beneficiando outras culturas também.
Emendas
As emendas parlamentares precisam estar em harmonia com um planejamento forte. Quando o parlamentar não vê, no Executivo, o processo sendo conduzido como deveria, fica cada um tratando de fazer das emendas parlamentares um governo paralelo.
Fato
Acabam os recursos públicos sendo pulverizados e sem impacto. E é exatamente o que está acontecendo.
Para refletir
Para começar a semana, vale a frase de Hélio Ferraz, colunista do JB: ‘Só há duas coisas certas na vida, a morte e os impostos’.