O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, no Salão Oval da Casa Branca em Washington, D.C. • 13/03/2025 REUTERS/Evelyn Hockstein
Autoridades do alto escalão do governo Trump, incluindo o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, incluíram por engano um jornalista em um grupo de mensagens que discutia ataques contra os Houthis do Iêmen, afirma reportagem da revista The Atlantic.
O editor-chefe da The Atlantic, Jeffrey Goldberg, disse em uma reportagem nesta segunda-feira (24) que ele foi adicionado no dia 13 de março em um grupo de bate-papo criptografado no aplicativo de mensagens Signal chamado “Houthi PC small group”.
No grupo, o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz encarregou seu vice Alex Wong de criar uma “equipe tigre” para coordenar a ação dos EUA contra os Houthis.
O presidente dos EUA, Donald Trump, lançou uma campanha militar contínua em larga escala contra os Houthis do Iêmen em 15 de março, devido aos ataques contra navios no Mar Vermelho. Ele também fez ameaças ao Irã, o principal apoiador do grupo, afirmando que o país deve parar de enviar suprimentos “imediatamente”.
Horas antes do início desses ataques, Hegseth postou detalhes operacionais sobre o plano, “incluindo informações sobre alvos, armas que os EUA estariam empregando e a sequência do ataque”, disse Goldberg, recusando-se a revelar os detalhes do que ele chamou de uso “chocantemente imprudente” do bate-papo Signal para coordenar a ofensiva.
O Departamento de Defesa encaminhou um pedido de comentário da Reuters ao Conselho de Segurança Nacional (NSC, em inglês), e o porta-voz do NSC, Brian Hughes, afirmou que o grupo de bate-papo parecia ser autêntico.
“Neste momento, a linha de mensagens que foi relatada parece ser autêntica, e estamos analisando como um número inadvertido foi adicionado à cadeia. O tópico é uma demonstração da profunda e cuidadosa coordenação de políticas entre os altos funcionários. O sucesso contínuo da operação Houthi demonstra que não houve ameaças aos nossos militares ou à nossa segurança nacional”, disse Hughes.