Ex-presidente do Brasil e atual presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, participa de reunião do G20 em São Paulo • 28/02/2024REUTERS/Carla Carniel
A ex-presidente Dilma Rousseff foi reeleita para o comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do Brics. A continuidade da petista envolveu o aval do presidente da Rússia, Vladimir Putin, já que o país era o responsável pela indicação.
Dilma assumiu a presidência do banco em abril de 2023 com previsão de término do mandato em julho deste ano.
Ainda em 2024, Putin defendeu a extensão do mandato de Dilma à frente da instituição. O presidente russo ponderou que com as restrições ao país devido a guerra da Ucrânia poderiam comprometer a atuação de um russo no banco.
Como a CNN mostrou, a continuidade de Dilma na função é também um gesto ao Brasil, além de uma solução para os russos, que podem mirar assumir a presidência mais adiante, quando as sanções talvez não estejam mais em vigor ou a questão da guerra na Ucrânia tenha sido superada.
Putin também já elogiou a condução da brasileira no banco. Em junho do ano passado, Dilma esteve com o presidente russo em São Petersburgo. Na ocasião, ele a parabenizou pelo “progresso” do banco na atual gestão.
No X (antigo Twitter), a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, parabenizou Dilma pela continuidade no cargo. “Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos BRICS vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”, disse.
A mesa de presidente e vice-presidentes do Banco do Brics é definida em uma rotatividade entre os membros fundadores (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) do grupo. O banco foi formalmente criado em 2015 e financia projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros.