É sábado, primeiro final de semana do outono. A semana foi tão agitada cheia de números na corrida eleitoral que sequer percebemos que estamos na transição entre o verão e o inverno. Você não dormiu demais, nessa estação os dias são mais curtos e as noites mais longas.
Façamos como as plantas que no outono (inverno no Norte) perdem mais folhas para poupar energia e se proteger do inverno (o nosso verão). Vai diminuir a incidência de raios solares e a quantidade de chuvas.
Me contaram que funciona assim no município: se escolhe as empresas que devem fornecer produtos ou serviços. Diante disso fica a dúvida se o release institucional está incorreto, ou tudo indica que o município de Rio Branco vai cometer mais uma barrigada em processo licitatório, desta vez na compra de telhas para as casas do “1001 dignidades” (leia casas populares) sem processo administrativo.
O orçamento da União foi aprovado com R$ 3,6 bi destinado ao programa Minha Casa, Minha Vida. O que isso tem a ver com o Acre? O déficit habitacional é um dos maiores gargalos da gestão estadual e dos municípios, principalmente os que sofrem com cheias dos rios todos os anos desabrigando milhares de pessoas.
O prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz, quando para de olhar para o retrovisor, tem bons planos. Prometeu construir 200 casas em quatro anos, uma média de 50 por ano. Durante visita da vice-governadora Mailza à primeira planta construída no bairro da Pista, alguém em tom jocoso disse: “Já fez em dois meses mais casas do que o Bocalom (risos)”. Povo medonho!
Não convidem o prefeito Bocalom e os membros do sindicato da indústria de cerâmica do Acre para um cafezinho. O setor reclama, e com razão. O município em quatro anos não executou um metro de rua pavimentada com tijolos. Empresas fecharam as portas e promoveram desemprego.
O assunto lembra o folclórico Antônio Gouveia, o Tijolinho – que Deus o tenha em bom lugar – que disputou seis eleições prometendo pavimentar todas as ruas do estado com tijolos. Em 2011, ele cogitou ir à Justiça contra o então governador da época acusando-o de se apropriar de seu projeto. Vale o dito popular: “quando não é oito é oitenta”.
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Com a alagação dando no meio da perna, sistema de abastecimento de água em verdadeiro colapso, a cidade cheia de buracos, bancada indo pra briga para aprovar a criação de mais cargos, o famoso “trem da alegria”. A semana promete, deve haver corrida de bigas, música e teatro, vivemos, literalmente, a política do pão e circo.
Dizem que o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco vai financiar curso de box para os nobres vereadores. Aqueles cursos de qualificação em cidades praianas parecem não ter nenhum efeito. A turma quer partir é para as vias de fato. Quem cuspir primeiro é homem!
A vice-governadora Mailza instituiu uma campanha permanente de donativos que valerá não apenas para o retorno das famílias que sofrem com a alagação, mas, será permanente. “Tem sempre um pedido de socorro”, analisou.
A natureza se encarrega de trazer paz. Segundo o mago do tempo Davi Friale, os ventos vão soprar entre fracos e calmos neste fim de semana. Uma boa dica para os vereadores Eber Machado e Antônio Morais. Vão em direção noroeste e nordeste para aproveitar a brisa do outono.
Áudios de moradores de ramais da Transacreana revelam que há, ao longo de vários ramais da região, pequenas jazidas de piçarra que o Deracre e a Prefeitura poderiam utilizar para fazer obras de melhoramento dos ramais.
Um deles afirma que fez um mapeamento de vários desses pontos onde há as jazidas. Gastou “o dinheiro que nem tinha” e entregou o documento para a Prefeitura. As imagens que o ac24agro.com tem mostrado confirmam que esse suposto documento se perdeu em alguma gaveta.
O prefeito Tião Bocalom escalou os vereadores Rutênio Sá (União Brasil) e Antônio Moraes (PL) como sua tropa de choque para defender o polêmico projeto de aumento de cargos na Prefeitura de Rio Branco. Eles substituíram o ex-líder do governo, João Marcos, na Câmara Municipal e enfrentaram com firmeza o líder da oposição, Éber Machado (MDB). Pela primeira vez, Machado sentiu a pressão e acabou saindo do trilho durante os debates na Casa Legislativa.
Falando em liderança governista, Rutênio Sá demonstrou equilíbrio no embate com Eber Machado. Enquanto o emedebista se irrita com críticas à sua atuação na oposição, Sá recebe os ataques com naturalidade e responde sem perder a compostura.