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Acre segue entre os estados que mais desperdiçam água potável

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Da redação ac24horas

O estado do Acre continua sendo um dos sete estados que mais desperdiçam água potável, antes mesmo que o líquido precioso chegue às residências dos moradores. Dados do Instituto Trata Brasil publicados em 2025 mostram que as perdas de água é um dos grandes desafios do Brasil na área de infraestrutura de saneamento. Atualmente, mais de 32 milhões de brasileiros não têm acesso ao recurso hídrico, enquanto um volume equivalente a 7,6 mil piscinas olímpicas de água tratada é desperdiçado diariamente, de acordo com um estudo do Instituto Trata Brasil

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A capital do Acre, Rio Branco, ocupa a quarta posição no ranking das cidades com o pior saneamento básico entre os 100 municípios mais populosos do Brasil. A falta de acesso a água tratada favorece a disseminação de doenças como diarreia, hepatite A, dengue, malária, leptospirose e conjuntivite. No Acre, crianças e idosos são os mais afetados e em 2024, o estado registrou 1.406 internações por doenças associadas ao saneamento inadequado.


As perdas de água ocorrem no processo de abastecimento devido a vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados. O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), através da Portaria 490/2021, estabelece que o nível aceitável de perdas na distribuição deve ser de, no máximo, 25%. Porém, a média nacional é de 37,8%, indicando que uma parte significativa do recurso é perdida nos sistemas de distribuição antes de chegar às residências.


Quadro 1 – Perdas na distribuição por estado, 2022



Entre os estados brasileiros, sete desperdiçam mais da metade da água produzida: Amapá (AP), Acre (AC), Rondônia (RO), Roraima (RR), Sergipe (SE), Maranhão (MA) e Amazonas (AM).Desses, cinco estão na região Norte e dois no Nordeste, que são as regiões com maiores disparidades e desafios nos serviços de saneamento básico. Os dados apresentados são os mais recentes disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), ano-base 2022.


Além de ser essencial para o abastecimento de água a mais habitantes, a redução das perdas, especialmente em um cenário de mudanças climáticas constantes, geraria um menor impacto sobre as fontes de abastecimento hídrico. Isso porque atualmente se capta mais água do que efetivamente chega à população. Além disso, com a redução de perdas os custos para mitigar os impactos negativos dessa atividade seria reduzido.


Fonte: Instituto Trata Brasil


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