Secretário Pedro Pascoal anuncia implantação de sala de emergência no PS de Rio Branco

Por
Saimo Martins

O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, foi o entrevistado do programa Bar do Vaz nesta terça-feira, 18. Durante a conversa com o jornalista Roberto Vaz, Pascoal abordou temas como o fluxo da saúde, os investimentos no setor e destacou a necessidade de humanização no atendimento.


Ao comentar sobre a estrutura da saúde estadual, Pascoal reconheceu que ainda há muitos desafios a serem superados. “Nós sabemos que temos muito a melhorar. Isso não significa que a equipe não tem compromisso com a população, mas dentro da gestão pública, considero que estamos avançando. Temos fortalecido a regionalização, ampliamos os serviços no Vale do Juruá, levando saúde para quem precisa. No entanto, ainda enfrentamos problemas crônicos que precisam ser resolvidos”, afirmou.


Ele também enfatizou que a busca por consultas médicas no estado reflete uma realidade nacional, debatida constantemente entre secretários estaduais e municipais de saúde.


O secretário revelou que a Sala de Emergência foi implantada dentro do Pronto-Socorro de Rio Branco, trazendo maior eficiência no atendimento. “O paciente tem quatro horas para ser diagnosticado e encaminhado para internação, cirurgia ou para a semi-intensiva dentro do próprio hospital. Isso tem ajudado a reduzir a superlotação”, explicou.


Ele destacou que a terceirização de serviços como neurocirurgia, ortopedia e cardiologia ajudou a desafogar o hospital, diminuindo o tempo de espera para cirurgias urgentes. “Antes, pacientes ficavam 15 a 20 dias no corredor do hospital aguardando cirurgia. Hoje, conseguimos operar em até 48 horas, garantindo uma recuperação mais rápida”, pontuou.


O secretário comentou sobre o recente caso da indígena Andréia Shanenáwa, que passou por um longo período de sofrimento no Hospital de Feijó devido a um feto morto em seu útero. “Infelizmente, ainda há falta de humanização na saúde. Sempre reforçamos com a equipe a importância do acolhimento. A comunicação interna precisa melhorar para evitar situações como essa. A secretária adjunta de Assistência está em Cruzeiro do Sul redesenhando o fluxo da regulação para que isso não se repita”, garantiu.


Programa Opera Acre e liderança nacional


Pascoal destacou que o Programa Opera Acre alcançou a primeira posição no ranking nacional de expansão de cirurgias. “Em 2023, realizamos mais de 12 mil cirurgias, e em 2024 já ultrapassamos 14 mil. O reconhecimento veio do Ministério da Saúde, colocando o Acre como o estado que mais expandiu esse tipo de atendimento”, comemorou.


Pedro Pascoal rebateu críticas do ex-governador e atual presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, sobre a gestão da saúde no estado. “Ele teve 20 anos para fortalecer a saúde regional e não fez. O governador Gladson Cameli, em seis anos, mostrou que era possível. Antes, defendiam gastar milhões com passagens e transporte de pacientes para a capital. Hoje, investimos na descentralização da saúde”, afirmou.


O secretário destacou que a implantação da ressonância magnética no Juruá foi um exemplo de economia e eficiência. “No primeiro mês, realizamos 546 exames, economizando R$ 4,3 milhões. O equipamento custou R$ 6,4 milhões e, em um mês, já pagamos 70% do valor apenas com o que foi economizado em transporte de pacientes”, ressaltou.


Pascoal afirmou que 94% da população acreana depende do SUS, o que sobrecarrega o sistema estadual. Ele garantiu que o governo está investindo na ampliação dos serviços regionais. “Nosso foco agora é fortalecer Brasiléia com especialistas como psiquiatra, ginecologista, pediatra e ortopedista. Temos um tomógrafo na região e queremos estruturar o atendimento especializado”, afirmou.


Ele destacou ainda que 2024 será um ano de execução e entregas na área da saúde. “O governador Gladson nos pediu que intensificássemos as ações nas regionais. Algumas obras ainda estão em andamento, mas nosso objetivo é garantir resultados concretos”, concluiu.


O secretário também alertou sobre a importância da prevenção contra o câncer, incentivando homens e mulheres a realizarem exames regulares. “Precisamos deixar o preconceito de lado. O toque retal detecta câncer de próstata com mais precisão que exames de sangue. Já o autoexame da mama pode salvar vidas. Além disso, a vacina contra o HPV previne câncer e está disponível gratuitamente pelo SUS, mas a adesão ainda é baixa: apenas 33% das mulheres e 19% dos homens tomaram a vacina”, destacou.


Pascoal mencionou a importância da expansão do atendimento no terceiro turno, especialmente nas unidades básicas de saúde. “O Ministério da Saúde tem um programa para ampliar os postos de saúde e estamos trabalhando nessa implementação. Já existem unidades em Rio Branco funcionando com atendimentos estendidos, e a ideia é expandir ainda mais”, disse.


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Saimo Martins