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Mais de 100 produtores não escoam maracujá há 6 meses: “tristeza”

Foto: Thalles André/ac24horas
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Membros da Cooperativa dos Produtores Agroextrativistas de Santa Fé (COOPASFPE) realizaram na manhã desta terça-feira, 18, um protesto em frente a Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) em relação ao escoamento da produção de polpas de frutas. Com um estoque que já ultrapassa 220 toneladas, a dificuldade surgiu após a Secretaria de Educação e Cultura (SEE) deixar de adquirir os produtos para a merenda escolar desde setembro do ano passado.


Nilva Lima, presidente da cooperativa, relatou a situação dramática enfrentada pelos produtores. “Desde setembro do ano passado que a gente não consegue mais vender nem um quilo dessa produção para merenda escolar, para Secretaria de Educação. Então, a gente foi, desde setembro, a gente tá estocando, estocando, estocando, hoje nós estamos com seis câmaras pré-alugadas. E essas câmaras frias já não têm mais aonde caber o quilo de produção de maracujá”, pontuou.


A falta de escoamento levou à paralisação da compra de matéria-prima dos produtores, agravando ainda mais a crise. “Nós tivemos que suspender a produção desses produtos por 30 dias para ver se a gente consegue ir entregando para o mercado, fica correndo atrás de vendas para ver se a gente consegue sair do estoque. Se o governo começar a comprar essa produção, ao menos esses 40% que a gente entregava antes para ele para a merenda escolar, se ele começar a comprar, a gente já começa a comprar já toda a produção de novo dos produtores”, afirmou.

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Além do impacto econômico, a presidente da Cooperativa destacou o sofrimento de ver os produtos sendo desperdiçados. “E a tristeza maior é você ver a sua produção, você ter que juntar carradas e carradas e jogar no mato. De produção eu sou produtora, eu tô aqui não como presidente da cooperativa, eu tô aqui como produtora porque eu entrego a minha produção de goiaba e a época da goiaba é essa”, afirmou.


Com mais de 100 produtores diretamente afetados, a presidente da cooperativa cobra uma resposta do governo. “Nós estamos com 100 produtores afetados nessa situação de suspensão de produção que o governo não está pagando, mas ao todo a nossa cooperativa ela chega a uns 750 produtores. Mas só que a gente compra todas as cadeias, entendeu? Então a gente compra da borracha, a fruta, castanha, borracha, fruta, mas nós estamos aqui hoje só com o mesmo de maracujá que é os que mais estão afetados, é o de maracujá”, pontuou.


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