Foto: Whidy Melo/ac24horas
Quatro candidatas que prestariam o concurso público da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), relataram terem sido prejudicadas após os portões do local de prova serem fechados antes do horário previsto no edital, segundo elas. O fato ocorreu na Estácio Unimeta em Rio Branco, na manhã deste domingo (16). As candidatas afirmam que o fechamento antecipado dos portões as impediu de realizar a prova, mesmo após meses de preparação e investimento financeiro.
De acordo com o edital, os portões deveriam ser abertos às 6h30 e fechados às 7h30, seguindo o horário oficial de Brasília. No entanto, as candidatas relataram que os portões já estavam fechados quando chegaram ao local por volta das 5h50. Algumas afirmaram que pessoas que chegaram às 5h20 também não conseguiram entrar. Uma vendedora de lanches próxima ao local confirmou que os portões foram fechados antes do horário previsto.
Raiane Soares, uma das candidatas, explicou que chegou ao local às 6h e já encontrou o portão fechado. “Tinha gente que chegou às 5h20 e também não conseguiu entrar. Uma moça que vende lanches lá confirmou que o portão já estava fechado neste horário”, relatou.
Raiane destacou o impacto emocional e financeiro da situação. “A gente paga pré-concurso, se prepara para esse momento. Nossa colega veio de Santa Catarina, estava em tratamento e veio às pressas para não perder a prova. É frustrante”, pontuou.
Camila Nardim, outra candidata, reforçou que o problema foi uma “negligência” da organização. “Olha, foi especificado pela banca FGV o horário de abertura dos portões para 6h30. O que está sendo questionado é o motivo pelo qual o portão foi aberto às 4h30 da manhã. Por isso, gostaríamos de pedir um esclarecimento da banca e dos próprios profissionais que estiveram aqui para realizar a abertura, pois nós pagamos e tivemos uma despesa.Temos famílias, deixamos nossas famílias em casa, e ninguém está aqui de graça”, afirmou.
Ela ainda alertou os candidatos que fariam a prova no turno da tarde: “Se o portão diz que vai abrir às 13h30, sugiro que cheguem às 9h, porque pode acontecer a mesma coisa”, pontuou.
As candidatas registraram boletins de ocorrência e esperam que a banca organizadora, a FGV, se manifeste sobre o ocorrido. Elas pedem uma retratação e a possibilidade de refazer a prova. “Nós pagamos, tivemos despesas, deixamos nossas famílias em casa. Ninguém está aqui de graça”, disse Camila.
O concurso da Ebserh oferece 545 vagas em todo o país, distribuídas entre as áreas médica, assistencial e administrativa. A prova foi aplicada em várias cidades brasileiras, mas o problema com o fechamento antecipado dos portões foi registrado por enquanto apenas em Rio Branco. A vigência do concurso é de um ano, com possibilidade de prorrogação.