As buscas por Roger da Silva Matos, jovem de 18 anos que desapareceu após ser visto se afogando no rio Acre, foram retomadas na manhã deste domingo (16) pelo Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC). O sargento Assunção, integrante da equipe de buscas, explicou, em entrevista ao ac24horas Play, os detalhes da operação e as dificuldades enfrentadas devido às condições do rio, que está com correnteza forte e cheia de troncos.
De acordo com informações preliminares, o jovem teria pulado da ponte Juscelino Kubitschek (conhecida como ponte Metálica), no bairro da Base, em Rio Branco (AC). No entanto, após conversar com testemunhas, o sargento Assunção relatou que Roger teria pulado de um ponto mais acima, próximo à curva do rio, na região do km 15, onde há um local conhecido por ser ponto de encontro para o consumo de tereré e outras atividades.
“Ele teria pulado, tentando se agarrar a um balseiro para se salvar, mas não conseguiu”, explicou o sargento. A partir desse relato, as equipes concentraram os esforços na área onde o jovem foi visto pela última vez.
O sargento Assunção destacou os desafios enfrentados pelas equipes de mergulho, que atuam desde sábado (15) na tentativa de localizar o corpo. “A velocidade da água está muito alta, e o rio está cheio de troncos, o que dificulta o trabalho dos mergulhadores.Já fizemos mergulhos ontem e hoje, mas a correnteza é tão forte que o equipamento não se sustenta”, disse o sargento.
Diante das condições adversas, o Corpo de Bombeiros optou por concentrar os esforços em buscas superficiais. “Então, a gente está, pela experiência, em torno de 48 horas a 72 horas, o corpo chega a emergir, em grosso modo falar, a boiar, como as pessoas entendem. Então, mas a gente não descarta essa possibilidade nas 24 horas de achar também não. Então, a gente está procurando minuciosamente, a gente vai passar o dia todo procurando e, se Deus quiser, a gente achar o corpo e dar essa possibilidade da família fazer o velório do ente querido”, explicou Assunção.
“Estamos fazendo buscas minuciosas e vamos passar o dia todo procurando. Se Deus quiser, vamos encontrar o corpo e dar à família a possibilidade de realizar o velório e se despedir do ente querido”, afirmou.
O sargento Assunção também fez um alerta à população sobre os perigos de utilizar o rio Acre para atividades recreativas durante o período de cheia. Ele explicou que, mesmo com equipamentos pesados, cerca de 40 quilos, e pesos adicionais de 12 quilos nos mergulhadores, a força da correnteza impede que eles se mantenham estáveis no fundo do rio.
“Então, a gente deixa essa mensagem para a população para que não use o rio como diversão, para vir nadar, porque está correndo muito. Então, já identificamos, né, mergulhando e, pela experiência própria, né, então, não é o primeiro caso que acontece acidente. Então, não tente ir nadar, porque o rio é muito perigoso. Tem gente que pula da ponte aqui, né? Muitas vezes, o balseiro vem passando, cai no balseiro e chega a perder a vida. Então, não é o tipo de diversão saudável”, concluiu.