Um grupo de pessoas autointitulado como “Patriotas de Verdade” se manifestou neste domingo (16), em frente à Assembléia Legislativa do Acre – ALEAC, em Rio Branco, com pedidos de anistia para os condenados por envolvimento nos ataques antidemocráticos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O secretário de assistência social de Rio Branco, João Marcos Luz, e o senador Márcio Bittar, encabeçaram um movimento chamado “Fora Lula 2026 e Anistia Já ao ex-presidente Jair Bolsonaro”, que ocorreria também neste domingo, mas que foi cancelado na última sexta-feira (14) a pedido do prefeito Tião Bocalom, em respeito às vítimas das alagações na capital e aos trabalhos de resgate.
Jóia Lima, que esteve em frente ao 4° Batalhão de Infantaria e Selva, no bairro do Bosque, durante a concentração em frente aos quartéis após as eleições de 2022, disse que a manifestação é principalmente à revelia do cancelamento de uma movimentação maior, anunciada por João Marcos Luz e Márcio Bittar. “Nós, a maioria aqui, quer mostrar para o senhor Márcio Bittar que ele não é dono dos patriotas, que os verdadeiros patriotas são os que estavam em frente aos quartéis e que estão aqui, e ainda irão chegar mais. Aquele vereadorzinho que está querendo dar uma de herói, João Marcos Luz, se infiltrou mas nunca levou um pão para o QG. Não é porque o Márcio Bittar tá dentro, que alguém tem obrigação de votar nele não, ele é um dos principais aventureiros que estão no movimento”, disparou.
Foto: Jóia Lima I Whidy Melo/ac24horas
Michela Batista Lacerda, presa no dia 8 de janeiro em frente ao 4° BIS, disse que não se arrepende dos fatos pelos quais foi presa e considera que não tem medo de seguir no mesmo propósito. “Eu vou me arrepender de lutar pelo meu país, pela nossa liberdade? Vou ter medo, me arrepender disso? Jamais. Estou hoje aqui pelo propósito, pelas pessoas presas politicamente. Somos um grupo de amigos, se aparecer 10, 20, 50, não importa. Estamos juntos desde as manifestações na BR, dos quartéis, e na verdade, nós somos os patriotas. Estamos aqui pelos presos políticos de 8 de janeiro, estamos vivendo uma ditadura, ou a gente para isso ou vamos virar uma Venezuela”, afirmou.
