Dados do Ministério da Previdência mostram que, em 2024, Rondônia registrou 1.540 afastamentos do trabalho por depressão e ansiedade. O estado segue uma tendência de crescimento nacional, em cenário de crise.
Em 2024, 3,5 milhões de pedidos de licença foram enviados para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) motivados por diversas doenças. Do montante, 472 mil solicitações foram atendidas por questões de saúde mental. No ano anterior, foram 283 mil benefícios concedidos por esse motivo, um aumento de 68%. Os dados, obtidos com exclusividade pelo g1 junto ao Ministério da Previdência Social.
Na região Norte, o Pará lidera o levantamento, tendo registrado 5.441 afastamentos por saúde mental. O INSS não revelou a quantidade de verba que foi revertida para assistência de afastados por questões de saúde mental, mas esclareceu que as pessoas passaram, em média, três meses com licença, recebendo cerca de R$ 1,9 mil por mês.
A maioria dos licenciados eram mulheres com idade média de 41 anos. Especialistas afirmam que a crise da Covid-19, a insegurança financeira e o aumento da informalidade são alguns dos fatores que agravaram a crise da saúde mental.