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Jarude diz que governo “gasta mal” e nota C afasta investimentos

Foto: Sérgio Vale
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Na edição do programa Boa Conversa, Edição Aleac, exibido pelo ac24horas, nesta terça-feira, 11, o deputado estadual Emerson Jarude (Novo) fez duras críticas à gestão financeira do Estado e à postura do governo em relação à transparência e ao diálogo. O parlamentar comentou sobre a avaliação da Capacidade de Pagamento (Capag) do Acre pelo Tesouro Nacional.


Durante a entrevista com o jornalista Marcos Venicius, o parlamentar comentou a recente classificação do Acre na avaliação de Capacidade de Pagamento (Capag), divulgada pelo Tesouro Nacional. O estado recebeu nota C, o que impossibilita a contratação de créditos com garantia da União.


“Basicamente esse índice do Capag, que é a capacidade de pagamento de cada Estado, pode até parecer ser difícil o nome, mas, basicamente, no popular, o que é que é? O Brasil como um todo, que a gente chama de União, olha para os estados e pensa: ‘qual Estado tem a maior possibilidade de dar um calote?’. Hoje o Estado com a maior capacidade é o Rio Grande do Sul, o segundo é o Acre. Então, quanto maior a preocupação do Brasil em um Estado dar um calote, mais se dificulta a oportunidade de conseguir empréstimos. E, se não conseguir empréstimos, consequentemente, a gente deixa de ter investimentos em áreas importantes para o nosso Estado”, pontuou.

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Jarude destacou ainda que os dados são referentes a 2023, e que a situação pode ser ainda pior em 2024. “Os dados são de 2023. Em 2024, o quadro pode ser ainda pior e a gente perder a nossa capacidade de investimento em obras necessárias e em outras áreas tão importantes. Então, acende o alerta”, acrescentou.


Para o deputado, o problema do Acre não é a falta de arrecadação, mas a má administração dos recursos. “O Acre mostra, com esse índice, que gasta muito e gasta mal. Então, é hora do governo rever os seus gastos, rever as suas contas, já que, ano após ano, a receita tem aumentado, os impostos têm aumentado. O problema do Acre não tem sido a arrecadação, mas como se gasta esse dinheiro”, observou.


Questionado se o resultado da avaliação financeira do Estado poderia ser usado pelo governo como justificativa para evitar reajustes salariais e progressões funcionais em 2025, o deputado foi categórico: “Infelizmente, o Estado se utiliza da sua própria irresponsabilidade com os gastos para agora dizer ‘olha, não posso fazer isso, não posso fazer aquilo’, sendo que, lá atrás, deveria ter responsabilidade ao gastar o dinheiro para que, assim, a gente pudesse investir em áreas essenciais. O Estado não pode alegar a própria torpeza para dizer que não pode fazer determinadas convocações ou tratar de assuntos importantes. O que ele tem que fazer, volto a dizer, é rever gastos desnecessários para que possamos investir o dinheiro da melhor maneira possível. O que não dá é para ficarmos com essa imagem perante o Brasil de um Estado com possíveis calotes no futuro”, pontuou.


Com a nota C na Capag, o Acre se junta a outros quatro estados brasileiros que estão com dificuldades financeiras. Apenas o Rio Grande do Sul tem uma situação pior, tendo recebido nota D. Enquanto estados vizinhos como Rondônia (A+) e Amazonas (B+) têm acesso facilitado a créditos, o Acre enfrenta restrições severas, o que pode impactar negativamente a economia local e a realização de investimentos.


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