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Festa de Dirceu tem críticas a Tarcísio e reclamações sobre Lava Jato

Por
Metropoles

Na celebração do seu aniversário de 79 anos nesta terça-feira (11/3), José Dirceu fez críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Em Brasília, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula 1 afirmou que o gestor paulista não é uma “alternativa ao bolsonarismo”, mas o “bolsonarismo em si”.


Tarcísio foi ministro da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro, e eleito em 2022 com apoio do Planalto. Diante da inelegibilidade do ex-presidente, o governador de São Paulo passou a ser vendido por lideranças da direita como uma alternativa mais moderada no grupo para concorrer à Presidência em 2026.


“E o pior: setores da direita brasileira começam a dormir com o inimigo. Apresentam o Tarcísio como se fosse uma alternativa ao bolsonarismo, quando, na verdade, é o próprio bolsonarismo. Para vencer as eleições de 2026, temos que governar agora. E todos aqui sabem que governamos em minoria”.


Ainda no discurso, Dirceu fez indiretas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O ex-ministro petista afirmou que políticos brasileiros fazem alianças internacionais para aumentar a influência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e das big techs sobre o Brasil.


“O momento que vivemos no mundo é um momento em que os tambores da guerra estão batendo, como na década de 20/30. O fascismo e a extrema direita vão tomando o governo de vários países. Nossa soberania está ameaçada. A democracia, a soberania e o estado de bem-estar social estão em risco. Mais grave ainda: nossa soberania está ameaçada por brasileiros que, em aliança com o bolsonarismo, vão aos Estados Unidos pregar a traição nacional, defendendo a intervenção dos Estados Unidos e das big techs nos assuntos internos do Brasil e em nossa agenda (…) Agora, começa novamente a se alimentar uma tentativa de trazer os Estados Unidos e seu governo para a disputa política no Brasil e para as eleições de 2026”.


Acompanharam o discurso ministros do governo Lula, inclusive de fora do PT, como Carlos Fávaro (Agricultura) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), nome indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União).


Ainda no discurso, Dirceu afirmou que o PT só não ficou ininterruptamente no Poder por causa do “golpe” de 2016. O momento causou burburinho, pois alguns dos partidos aliados do governo Lula apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff.


Estiveram também na cerimônia a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil, Luciana Santos, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), a ministra da Gestão, Esther Dweck, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho.


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