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Não ignorem o essencial

Por
Luiz Calixto

Durante um jogo pelo sub-20 da Taça Libertadores, realizado no Paraguai, o jovem atacante Luighi, do Palmeiras, foi violentamente atacado por torcedores racistas do Cerro Porteño. Após a partida, ao ser entrevistado, o jogador palmeirense foi bombardeado com perguntas que ignoravam completamente o terrível episódio de racismo que havia sofrido.


Em meio à dor e à indignação, Luighi reagiu com lágrimas nos olhos, questionando o repórter: por que não lhe perguntavam sobre o ataque racista? Por que o fundamental estava sendo deixado de lado? O jornalista, ao invés de dar voz à vítima e condenar o ato covarde, optou por banalidades, silenciando um tema que jamais poderia ser ignorado.


Pois bem! Esse episódio serve como um espelho para a forma como a imprensa local e certos segmentos políticos vêm tratando a candidatura da vice-governadora Mailza Assis.


Em vez de questionarem qual será o tom e o ritmo que Mailza imprimirá à sua gestão quando assumir, em abril de 2026, preferem alimentar especulações vazias sobre supostos planos alternativos, caso ela não dispute a reeleição – um direito que, aliás, já lhe pertence.


Essa dúvida nunca existiu. É um artifício plantado para tentar fragilizar uma candidatura que já nasceu forte. Mas a verdade é que o nome de Mailza Assis já ecoa com cada vez mais força nas rodas de conversa política. Sua candidatura não só “pegou”, como caiu nas graças do povo.


E isso não aconteceu por acaso. Com um jeito simples, afável e sereno, Mailza tem conquistado apoios estratégicos, sem precisar recorrer à arrogância ou à prepotência. Seu estilo agregador, sua habilidade em unir forças e sua lealdade inquestionável ao governador Gladson Cameli a tornam uma figura incontornável no cenário político acreano.


Quando abril de 2026 chegar e Cameli se descompatibilizar para disputar uma vaga no Senado – praticamente certa –, será Mailza quem assumirá o comando do Acre. E não há dúvidas de que a parceria entre os dois seguirá firme, como unha e carne, para enfrentar o próximo desafio eleitoral.


Portanto, insistir na pergunta sobre se Mailza será candidata não é apenas maldade – é também um desperdício de pauta. Ela será candidata. O que se deve perguntar é: o que Mailza Assis fará pelo Acre? Quais serão suas prioridades? Qual será seu legado?


Não repitam o erro do jornalista que entrevistou Luighi. Não ignorem o essencial.


* Luiz Calixto está Secretário de Governo


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Luiz Calixto