A cheia do Rio Acre segue avançando e já atinge 10 bairros em Rio Branco. Com o nível das águas ultrapassando a cota de alerta e se aproximando do transbordamento, a prefeitura municipal, em parceria com o governo do Estado, intensificou as ações de remoção das primeiras famílias afetadas. Neste domingo (9), 30 indígenas que moravam às margens do rio, no bairro da Base, precisaram ser retirados de suas casas e levados para um abrigo temporário.
As famílias indígenas, das etnias Yawanawá e Huni Kuin, viviam em uma residência coletiva de madeira e já enfrentavam dificuldades para se deslocar, pois a água havia tomado o quintal. A remoção foi realizada por equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), que auxiliou na comunicação, já que muitos moradores falam apenas sua língua originária.
Além da Base, outros bairros já sofrem os impactos diretos da cheia, como Ayrton Sena, Habitasa, Cadeia Velha e Seis de Agosto. A prefeitura municipal de Rio Branco já iniciou a estruturação do Parque de Exposições Wildy Viana, onde as famílias desabrigadas serão realocadas.
Segundo a Defesa Civil, a remoção preventiva das famílias indígenas foi essencial para evitar maiores transtornos, já que o nível do rio continua subindo e a previsão é de mais chuvas para os próximos dias. O plano de resposta emergencial também está em andamento em outros municípios afetados, como Cruzeiro do Sul, onde o Rio Juruá já ultrapassou a cota de transbordamento.
As autoridades alertam que mais remoções podem ser necessárias caso a cheia continue avançando. A recomendação é que moradores de áreas de risco fiquem atentos aos comunicados oficiais e, se necessário, busquem abrigo em locais seguros.