Foto: Whidy Melo
O programa ‘Boa Conversa’ desta sexta-feira, 7, apresentado pelo jornalista Marcos Venícius, com comentários de Astério Moreira e Luís Carlos Moreira Jorge, o Crica, trouxe uma análise sobre os bastidores políticos do Acre, as movimentações para 2026 e as gestões municipais.
Entre os temas abordados, está a sinalização do MDB para candidatura própria, segundo o Neném Almeida, enquanto a outra ala do partido se movimenta para atrair Socorro Neri, ex-prefeita de Rio Branco, para uma possível composição partidária para as próximas eleições.
“Essa manifestação do Neném é pessoal dele. O MDB é um partido quebrado financeiramente, a campanha do Marcus foi na pindaíba, eu não creio que o MDB terá candidato majoritário em 26. Em relação à Socorro, houve convites do Flaviano [in memorium], mas eu não creio que ela deixaria o PP. Se ela deixasse a sigla, iria perder o fundo eleitoral”, observou Crica.
“A Socorro tem um líder que é o governador Gladson Cameli, ela ao meu ver, ela precisaria de uma conversa com o Gladson sobre essa movimentação com o MDB. Sobre o Neném, a maioria pretende manter o MDB na oposição porque se a sigla se aliar ao governo se acaba”, pontuou Astério Moreira.
Foto: Whidy Melo
As eleições de 2026 foram outro ponto central do debate. Crica comentou que, no momento, o cenário parece indefinido, sem peças claramente posicionadas na disputa pelo governo. O PV, que agora comanda a Federação Brasil da Esperança no Acre, defende a construção de uma candidatura própria junto ao PT e ao PCdoB.
“Todos as portas do Governo estão abertas para Mailza decolar a candidatura dela, tiraram até o grupo do Alan, se chegar em dezembro e ela não tiver decolado, o Nicolau será o plano B, só que depende das pesquisas”, observou Crica.
“No PT só vejo o André Kamai, candidato que a gente sabe que não vai ganhar, mas vai para debate e vai tentar capitalizar os 30% do Lula. Ele tem dado demonstração de que é um cara preparado não só para ser vereador, mas sim para estadual e outros cargos”, pontuou Astério Moreira.
Foto: Whidy Melo
Outro tema que chamou atenção foi a divulgação, pelo prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz, do vídeo da primeira casa popular construída no município em 20 anos. A comparação com as casas do programa de Bocalom trouxe críticas: a obra de Sena foi considerada mais estruturada, enquanto as entregas de Rio Branco ainda enfrentam desafios na finalização, como ausência de forro, cozinha americana, área de serviço coberta e banheiro de alvenaria. “Em termos de qualidade e protótipo: 1 a 0 pro Gerlen. A obra dele é de muita qualidade. É melhor fazer 500 de qualidade do que 1001 sem qualidade”, afirmou Crica.
“O Gerlen se fizer 30, 40 casas é uma conquista. Você está tirando a pessoa de uma área difícil”, afirmou Astério Moreira.
Em relação a candidatura do senador Alan Rick ao Governo, os comentaristas apontam que o parlamentar terá um caminho difícil nas eleições de 2026. “Hoje ele só tem o Republicanos e o União Brasil, eles brigam para trazer o MDB, só que o pessoal da Mailza também está atrás do MDB. Se o pessoal da Mailza levar o MDB, o Alan vai ficar numa situação partidária muito difícil”, pontuou Crica.