Nos nossos três níveis de poder, qual deles é o principal responsável pela nossa segurança pública.
A maioria dos crimes, sobretudo àqueles que muito têm sacrificado a nossa população, em particular, àqueles que resultam em mortes, numa ordem de prioridade é, e continuará sendo de responsabilidade dos governadores dos nossos Estados, embora o governo federal e os prefeitos dos nossos 5.560 municípios, complementarmente, devam contribuir em tudo que possam para combater a insegurança pública, ora presente, em todos os cantos e recantos do nosso país.
Por não terem dado o devido e efetivo combate as ações criminosas, já em seus nascedouros, quando as mesmas ocorriam individualmente, os próprios criminosos passaram a compor parcerias, e na seqüência, passaram a formar as chamadas organizações criminosos.
Neste particular, registre-se: dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, surgiram o CV-Comando Vermelho e o PCC-Primeiro Comando da Capital, presentemente, as duas mais perigosas e preocupantes organizações criminosas do nosso país.
Seja através das filiais do CV e do PCC ou das dezenas de novas organizações que foram criadas, a nossa insegurança pública atingiu o nível que ora presenciamos. A propósito, até o nosso pacífico Acre já dispõe de sua própria organização criminosa, no caso, a “Bonde dos 13”
Sós e isoladamente, ainda que alguns dos nossos governadores possam exibir bons resultados no combate ao crime, a exemplo do governador Ronaldo Caiado, do Estado de Goiás, em escala nacional, as suas ações não tem produzido os mesmos resultados.
O combate ao crime, e nas suas mais diversas formas depende, antes de qualquer coisa, da unidade das ações dos nossos poderes legalmente instituídos e das proveitosas contribuições que lhes forem ofertadas, conquanto as mesmas estejam isentas de quaisquer outros viés de natureza política e ideológica.
Lamentavelmente, enquanto o governador Ronaldo Caiado exibe bons resultados no combate ao crime, mas apenas em seu Estado, numa reunião entre o presidente da nossa República e quase todos os governadores do nosso país, ele próprio, se disse contrário a participação do governo federal, no quesito “segurança pública”.
Sua reação, sem dúvidas, teve tudo a ver com a polarização político-ideológica que tomou de conta do nosso país. Peguemos o crime da moda, o roubo de telefones celulares. Para os praticantes do referido crime, pouco importa se as suas vítimas são de direita, centro ou esquerda, menos ainda, que pertençam ao bolsonarismo ou ao lulismo.