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Baixa produção, alta demanda e condições climáticas: o aumento no preço do ovo

Foto: reprodução
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Quem circula pelas ruas de Rio Branco ou faz compras nos supermercados da região já percebeu: o preço dos ovos subiu de forma expressiva nas últimas semanas. De acordo com o professor do curso de Economia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Rubicleis Gomes, a alta nos preços é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a diminuição da produção e o aumento da demanda, agravados pelas condições climáticas e pela proximidade da Semana Santa.


Em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira, 6, o professor relatou que nas ruas de Rio Branco, a cartela de ovos, que antes custava em média R$ 16,00, agora é vendida por R$ 22,00. Já nos supermercados, o preço subiu de aproximadamente R$ 20,00 para R$ 30,00. No interior do estado, a situação é ainda mais crítica, com cartelas chegando a custar R$ 40,00. “É, meu amigo, a situação não está fácil, né?”, começa o professor.


O economista explica que o aumento nos preços está diretamente ligado aos princípios básicos da economia: oferta e demanda. Do lado da oferta, a produção de ovos diminuiu significativamente. “A temperatura aumentou bastante, e isso impactou a produção de ovos. Olha que a gente nem imaginava que isso acontecesse, né? Que a temperatura influenciasse na produção de ovos. Pois é, mas aconteceu”, destacou.

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Já do lado da demanda, o cenário também contribui para a alta. Com o aumento dos preços das carnes bovina, suína e de frango, muitos consumidores estão optando por substituir essas proteínas pelo ovo, que se tornou uma alternativa mais acessível. “O consumidor está trocando de proteína. Ele está saindo de uma proteína mais cara e indo para a proteína de ovos, né? Isso está fazendo com que haja uma pressão da demanda”, explica o professor.


Além disso, a proximidade da Semana Santa, período em que tradicionalmente o consumo de ovos aumenta, também exerce pressão sobre a demanda. “Para uma parcela significativa da população, vai haver a troca dessas proteínas para o ovo. Então, mais pressão sobre a demanda de ovo”, afirma.


O professor acredita que, após o final de março, com o fim da Semana Santa e a redução da pressão da demanda, os preços dos ovos possam voltar a níveis mais acessíveis. No entanto, ele alerta para um possível agravante no Acre: a exportação de ovos para o Peru.


“Caso as granjas acreanas sejam aptas a exportar para o Peru, nós vamos ter uma competição de produção do Acre. A produção que vai atender ao Estado e a produção que vai atender ao Peru. Como o soles [moeda peruana] está muito valorizado em relação ao real, a tendência é que, dadas essas condições, o preço do ovo continue alto aqui no Estado do Acre”, explicou.


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