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Beija-Flor de Nilópolis é campeã do Carnaval do Rio 2025: ‘Laíla vive’

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A Beija-Flor de Nilópolis se consagrou campeã no Carnaval do Rio 2025. A escola foi a segunda a desfilar nesta segunda-feira, 3, e trouxe à Sapucaí o enredo Laíla de Todos os Santo, idealizado pelo carnavalesco João Vitor Araújo. Tratou-se de uma homenagem ao diretor de carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, que morreu em 2021 por complicações de Covid. O último título levado foi em 2018, conquistando agora sua 15ª vitória.


Na Passarela do Samba, a agremiação fez história. Além de marcar a despedida de Neguinho da Beija-Flor, interprete oficial da escola, a rainha de bateria Lorena Raissa, 18 anos, entrou grávida na avenida. Com shows de drones formando a imagem do homenageado que marcaram o céu da Sapucaí, muitos apaixonados pelo Carnaval caíram em lágrimas.


Com a despedida de Neguinho, um reality show deve ser organizado para apontar o provável substituto de uma das mais marcantes vozes da Sapucaí. O samba-enredo foi uma parceria entre Rômulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena. Confira a letra:

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Kaô meu velho!
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar
Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira


O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra reza


Vencer o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Óh Jakutá, o Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão Obá, dessa nação nagô


Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla meu griô


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