Imagem ilustrativa
Impulsionada por uma profunda ternura e gratidão a Deus e à vida ela nutria um amor incondicional pela família. Uma amiga amada por todos. Seu maior sonho sempre foi estudar, trabalhar, casar e tornar-se mãe construindo sua própria família. Só não imaginava que o homem que escolheu para parceiro seria o seu algoz.
Tal como ilustra a canção, os “tigres vêm à noite com uma voz suave como um trovão”. E foi assim que um desses “tigres” chegou, roubou e matou seus sonhos.
No começo do relacionamento, resiliente como era, não se deixou abater. Ela enfrentou o “tigre” com bravura e amor, lutando pela felicidade que tanto almejava. Com o passar do tempo ele mostrou as garras, os dentes e toda perversidade de que era capaz. A dor e sofrimento fez com que ela se afastasse. A vida matou seus sonhos, ele matou seus sonhos.
Um indivíduo tóxico, viciado em substâncias químicas, violento que não aceitava o término do relacionamento. Consumido por um ódio e ciúme extremo, cruel e patológico, potencializado pelo uso de drogas, ele a procurou em seu trabalho dominado pelo vício e uma faca afiada.
Decidido a confrontá-la, seu olhar selvagem e agressivo refletia o possível desfecho de uma tragédia. A atmosfera estava carregada de tensão, enquanto sua presa, cercada por perigo, buscava uma rota de fuga assustada dentro de uma loja em um bairro da cidade onde arranjara um emprego para manter-se, ela e o filhinho. Seu erro foi ser ingênua, não imaginar o que passava no coração e na mente turva de um criminoso.
Com uma fé inabalável, ela estava segura de que poderia acalmá-lo, tal como fizera incontáveis vezes no passado. Naquela cena, ela parecia uma ovelhinha caminhando em direção ao matadouro.
Ele, de maneira vil, atacou-a repetidamente, sem dar-lhe qualquer oportunidade de se defender. Foram várias facadas. O olhar daquele homem, conta quem viu a cena, era do próprio demônio.
Ali, naquela calçada marcada por sangue, um anjo tombava. Ela caiu sem vida, enquanto seu assassino, que tantas vezes havia beijado seus lábios, pai de seu filhinho, fugia como fazem os covardes.
A imagem dela desmoronando foi um testemunho cruel do amor distorcido. Enquanto seu algoz, outrora o amor da sua vida, fugia, a calçada manchada de sangue tornava-se o palco final de sua tragédia. Quem ama não mata!