As autoridades de Rondônia têm expressado preocupações em relação ao agronegócio local, que enfrentará desafios severos nos próximos trinta anos devido aos altos custos e à escassez de obras ligadas à concessão da BR-364.
Nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, o Governo Federal realizará na Bolsa de Valores de São Paulo a licitação para selecionar a empresa responsável pela administração das sete praças de pedágio que serão instaladas ao longo da BR-364 nos próximos meses. Segundo os estudos, o custo para um veículo de passeio percorrer o trecho entre Vilhena e Porto Velho será de R$ 100,00. Para caminhões, a cobrança será por eixo, resultando em um custo total de R$ 1.600,00 para uma carreta de oito eixos no trajeto de ida e volta.
O contrato de concessão da rodovia terá a duração de trinta anos, mas, antes mesmo da licitação, persistem muitas incertezas sobre os reais benefícios do projeto, gerando reações de preocupação entre os cidadãos rondonenses. A condução da concorrência está sendo questionada pela sociedade, que aguarda uma melhor orientação sobre os impactos esperados.
A BR-364 se estende por aproximadamente 700 quilômetros entre Porto Velho e Vilhena, mas as obras de duplicação estão limitadas a apenas 113 quilômetros, concentradas no trecho que vai de Presidente Médici a Jaru. A obra, além de ser considerada insuficiente, terá um andamento que se arrastará por toda a próxima década. A única ação prevista para os primeiros meses da concessão é a construção das praças de pedágio, que começarão a operar e a cobrar os usuários antes mesmo de quaisquer melhorias serem implementadas na rodovia.
Diante desse cenário, o agronegócio rondoniense se mobiliza em busca de esclarecimentos e soluções que minimizem os danos provocados pela falta de infraestrutura adequada.