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Vereadores batem boca sobre a CPI do ‘Aedes do Bem’ na Câmara

Por
Saimo Martins

Na sessão desta terça-feira, 25, da Câmara Municipal de Rio Branco, os vereadores Eber Machado (MDB) e Felipe Tchê (PP) protagonizaram um desentendimento relacionado à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o projeto “Aedes do Bem”. O projeto visa reduzir a população do mosquito Aedes aegypti por meio da liberação de mosquitos geneticamente modificados.


Eber Machado afirmou que Felipe Tchê solicitou a retirada de sua assinatura do pedido de CPI. Machado questionou a autoridade de Tchê para fazer tal pedido, destacando que todos os vereadores têm igual direito de posicionamento. Ele também sugeriu que Tchê não teria autonomia sobre seu próprio voto.


Em resposta, Felipe Tchê defendeu que sua posição contrária à CPI baseia-se em argumentos jurídicos e que Machado teria levado a questão para o lado pessoal. Tchê afirmou que Machado demonstra dificuldade em aceitar opiniões divergentes, comportando-se como “dono da verdade”.


O projeto “Aedes do Bem” tem sido alvo de debates na Câmara devido a supostas irregularidades na aquisição de kits de mosquitos geneticamente modificados, adquiridos sem licitação por quase R$ 5 milhões. Parte dos kits teria perdido a validade antes de serem utilizados, o que motivou pedidos de esclarecimento por parte dos vereadores. O secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, foi convidado a prestar esclarecimentos sobre o assunto.


Até o momento, cinco das sete assinaturas necessárias para a abertura da CPI foram coletadas. A base governista na Câmara tem se posicionado contra a criação da comissão, argumentando que os esclarecimentos do secretário de Saúde seriam suficientes para elucidar as questões levantadas.


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Saimo Martins