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Prévia da inflação de fevereiro é de 1,23%, maior alta desde 2022

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A prévia da inflação ficou em 1,23% em fevereiro de 2025, 1,12 ponto percentual acima da prévia registrada em janeiro, quando o indicador ficou em 0,11%. É a maior alta da prévia da inflação desde abril de 2022. Os dados são do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) e foram divulgados nesta terça-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


O que diz o IPCA


Esta é a maior alta do IPCA-15 desde abril de 2022, quando a prévia da inflação subiu 1,73%. Também é a maior alta para um mês de fevereiro desde 2016, quando registrou alta de 1,42%.


Habitação teve maior impacto no índice, com alta de 4,34%. O setor impactou o índice em 0,63 ponto percentual. O grupo de educação vem em segundo lugar, com alta de 4,78% e impacto de 0,29 ponto percentual.


Energia elétrica foi o subitem que mais influenciou na alta da habitação, com avanço de 16,33% em fevereiro. O avanço foi registrado após uma queda de -15,46% em janeiro, em função da incorporação do bônus de Itaipu. A taxa de água e esgoto teve alta de 0,52%, impactada pelo reajuste de 6,42% nas tarifas em Belo Horizonte e do reajuste de 6,45% nas tarifas de uma das concessionárias em Porto Alegre.


Inflação dos transportes subiu, com influência de combustíveis e ônibus urbanos. O grupo dos transportes teve alta de 0,44%, puxado pelos combustíveis, que aumentaram 1,88%. Houve aumentos nos preços do etanol (3,22%), do óleo diesel (2,42%) e da gasolina (1,71%), enquanto o gás veicular teve resultado negativo, de -0,41%. As passagens aéreas também tiveram redução, de 20,42%. O subitem ônibus urbano subiu 5,20%, puxado pela alta nas tarifas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife.


Preço dos alimentos


Inflação dos alimentos desacelerou. No grupo de alimentação e bebidas teve alta de 0,61% no período, e impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral. A alimentação fora do lar desacelerou de 0,93% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Já a alimentação em casa aumentou 0,63%, ante alta de 1,10% em janeiro.


As únicas taxas negativas foram em vestuário e comunicação. O grupo de vestuário teve queda de -0,08%, enquanto o de comunicação caiu -0,06%.


Em 12 meses, o índice acumula alta de 4,96%. O número está acima dos 4,5% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e também acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5%. Em fevereiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,78%.


O que é o IPCA-15


O IPCA-15 foi criado para oferecer a variação dos preços nos 30 dias finalizados na metade de cada mês. O indicador começou a ser divulgado em maio de 2000 e representa uma prévia do IPCA, o índice oficial da inflação no país. Para este mês, a apuração consiste no período entre 15 de janeiro e 12 de fevereiro.


O indicador considera a evolução dos preços em nove grandes grupos. As análises levam em conta as variações apresentadas por itens das áreas de alimentação e bebidas, artigos residenciais, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário.


A coleta de preços do IPCA-15 é feita em um período não calculado pelo IPCA. Com isso, o indicador mostra qual será a tendência do resultado do final do mês. A análise tem como alvo a cesta de produtos consumidos pelas famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, residentes em 11 áreas urbanas do Brasil (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Distrito Federal).


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