Tudo que se está falando hoje sobre a eleição para o governo em 2026, é o mesmo cenário de um tabuleiro de xadrez sem as pedras assentadas. É cedo, muito cedo para uma avaliação precisa sobre quem será o favorito a ocupar o Palácio Rio Branco. Tudo começará a ser clareado, quando vierem as pesquisas do próximo ano. Primeiro tem que se saber o resultado da Operação Ptolomeu. Se o governador Gladson Cameli for absolvido, é um cenário. Caso seja condenado, é outro cenário. Precisa se saber, também, se a vice-governadora Mailza Assis (PP) aparecerá no próximo ano, bem ou mal avaliada na disputa do governo. Se não decolar, pode ser o trampolim para entrarem em cena o deputado Nicolau Júnior (PP) ou o prefeito Tião Bocalom (PL). O senador Alan Rick (UB) lidera as pesquisas, mas quem é que garante que os seus adversários na briga para o governo não vão crescer? Política é uma mutação. Por isso, o que se falar neste momento sobre a eleição para ver quem vai ser o sucessor do Gladson, será baseado em ilações. Apontar hoje um favorito, está mais para o achismo, sem base científica. O jogo não começou a ser jogado. Como dizia o filósofo do Abunã, Rapirã e cercanias, o saudoso prefeito de Plácido de Castro, Luiz Pereira: “A política é dinâmica”.
PETECÃO É UMA MÃE
O senador Petecão (PSD) anunciou a liberação de 3,9 milhões de reais, para obras de asfaltamento pela prefeitura da capital. O senador Márcio Bittar (UB) agradece a ajuda – disputará a reeleição – do dinheiro para o Bocalom fortalecer a gestão e pedir voto para ele na disputa do Senado. Petecão é uma mãe com os seus adversários.
FORA DO JOGO
O vice-prefeito Alysson Bestene fez valer sua exigência de só ficar como secretário de Educação, com o Pastor Paulo Machado demitido do órgão. Alysson viu prevalecer sua posição: saiu a demissão de Machado. Mostrou força.
VENCE EM TODOS OS CENÁRIOS
Mesmo com todo o desgaste do seu governo, Lula apareceu ontem na pesquisa CNT\MDA divulgada pela CNN, vencendo a eleição para a presidência em todos os cenários, com o ex-presidente Bolsonaro ausente. Não tem outro nome no governo mais forte que o Lula. Mesmo tendo que puxar o pesado trator do alto custo e vida.
PODERIA ESTAR NO JOGO
Burrice é burrice. Se o Bolsonaro tivesse reconhecido a vitória do Lula, nada desta confusão de golpe em que está metido teria acontecido; não estaria inelegível, e poderia disputar a eleição do próximo e voltar ao poder. Hoje se encontra inelegível até 2030. E pode sofrer uma condenação penal, o que deixará sua situação piorada.
HIPOCRISIA PURA
O Bolsonaro não destinou um centavo para o asfaltamento da BR-364, no trecho de Rio Branco a Cruzeiro do Sul. Não se viu uma voz de político ou de secretário de estado, protestando na época contra o fato. Criticar agora os problemas na rodovia, é a mais pura das hipocrisias. Deveriam ser valentes naquela ocasião e calaram.
MAIS IMPORTANTE
Muito mais importante do que se trabalhar por uma CPI na Câmara Municipal de Rio Branco, sobre os chamados “mosquitos do bem,” era trazer para falar sobre o assunto o ex-secretário de Saúde, Dr. Nogueira, em cuja gestão aconteceu a compra. Fora isso, é como chover no molhado.
DISPUTA POLARIZADA
Mesmo que a esquerda lance um candidato ao governo em 2026, a disputa tende hoje ser polarizada entre o senador Alan Rick (UB) e a vice-governadora Mailza Assis (UB). A não ser que ocorra um ponto fora da curva, com outro nome que surpreenda. Na política tudo é possível.
TORCIDA NATURAL
Claro que ele nega, mas ninguém mais do que o vice-prefeito Alysson Bestene torce para que o prefeito Tião Bocalom deixe o cargo em abril do próximo ano, para disputar o governo. O motivo é óbvio: viraria prefeito.
AFASTE DE MIM ESTE CÁLICE
O presidente do PT, Daniel Zen, refuta toda vez que é questionado, a hipótese de disputar um mandato em 2026, seja no campo proporcional ou majoritário. Foi um bom parlamentar.
SEM CONTESTAÇÃO
Com a divulgação de áudios de militares e outros envolvidos na investigação, ficou claro que houve toda uma articulação para um golpe militar, o que complica mais a vida do ex-presidente Bolsonaro e outros réus. Os fatos são muito fortes.
NÃO SE CHEIRAM
O senador Márcio Bittar (UB) e o deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) não andam comungando da mesma hóstia. Bittar tem reclamado com quem conversa, da falta de reconhecimento de Duarte, pelo fato de ter montado a chapa do Republicanos. A desavença será fruto do misterioso jantar em Brasília, que redundou na degola da turma do senador Alan Rick (UB) do governo do Gladson?
NINGUÉM ARRANCA
Aliás, falando no senador Márcio Bittar (UB), ninguém consegue arrancar dele uma declaração de apoio nem ao senador Alan Rick (UB) e nem à vice-governadora Mailza Assis (PP) ao governo. Não revela, mas seu sonho é ver o velho Boca disputando o governo, para embalar a sua reeleição ao Senado. Já disse, recentemente, que o Bocalom está preparado para disputar qualquer cargo.
MANDAR REFAZER
A última enxurrada destruiu várias ruas que foram asfaltadas de afogadilho na eleição. O vereador André Kamai (PT) mostrou a fragilidade das obras, que tinham como base para o asfaltamento, fragmentos de tijolos. Não resta ao Bocalom, ao não ser chamar os empreiteiros e mandar refazer o serviço mal feito. É o mínimo. Porque passou a campanha elogiando a boa qualidade do asfalto na sua gestão.
SEM PERDER A TERNURA
Pode-se fazer uma oposição ao prefeito Tião Bocalom sem levar para o lado pessoal, como algumas vezes vem se comportando o vereador Eber Machado (MDB). Como dizia o velho Che Guevara, de que se pode ser duro, mas sem perder a ternura.
CAMPANHA PROPOSITIVA
Aliados da ex-deputada federal Mara Rocha (sem partido) garantem que a sua pauta na candidatura ao Senado será propositiva, sem ter como tema ataques aos adversários. Bom sinal.
SEGURO MORREU DE VELHO
Os deputados estaduais que não terão legenda nos seus partidos para as suas reeleições, não devem debandar na busca de outras siglas agora; devem esperar para mudar, na janela partidária de março do próximo ano. Não querem se arriscar a perder os mandatos para os suplentes.
NÃO CONSEGUIU
É cedo para ter o mandato avaliado melhor, mas no seu caso tem de correr contra o tempo, porque será candidato a deputado estadual no próximo ano. Este é o problema do vereador Zé Lopes (Republicanos). Não basta ser “independente”, tem que estar presente na mídia. 2026 já é o ano eleitoral.
MULHERES DE VOLTA
As três mulheres com mandato de deputadas estaduais, entram na disputa do próximo ano com chance de reeleição. As deputadas Antônia Sales (MDB), Michelle Melo (PDT) e Maria Antônia (PP), têm bases eleitorais e terão fortes estruturas de campanha.
MUITO CEDO
“É cedo para decidir quem o PSD vai apoiar para o governo. Tem que ver como estará o cenário em 2026”. É como reage o senador Sérgio Petecão (PSD), quando perguntado se apoiará Alan Rick (UB) ou Mailza Assis (PP) para o governo.
FILME DO PEN
Os deputados abandonados pelos seus partidos devem avaliar bem antes de se juntarem todos ao PP. O PEN com cinco deputados fez o mesmo caminho com o PT, e nenhum foi reeleito. O PP tem nomes de peso como Nicolau Júnior, Maria Antônia e Manoel Moraes, um trio muito forte.
FRASE MARCANTE
“Toda pessoa que encontro é superior a mim em alguma coisa, e nesse particular aprendo com ela”. Emerson.