O deputado estadual Fagner Calegário (Podemos) criticou a ausência de medidas efetivas do Governo do Acre e da Prefeitura para auxiliar os moradores atingidos pelas enxurradas e alagações ocorridas no último fim de semana em Rio Branco. Durante o programa Boa Conversa, Edição Aleac, nesta terça-feira, 25, ele destacou que o problema já era previsível devido à falta de limpeza nos igarapés e cobrou ações concretas das autoridades estaduais.
“Essa questão da enxurrada foi uma tragédia que estava anunciada. A gente viu no final de semana vereadores batendo boca. O fato é que a gente sabia dos problemas, a gente já vinha passando por um problema de falta de limpeza e, aí, com a forte chuva, encheu os igarapés e não teve vazão. E quem paga por isso é a população”, afirmou Calegário.
O parlamentar ressaltou que seu gabinete, em parceria com o vereador Bruno Moraes (PP), está mobilizado para ajudar os afetados. “Nesse momento aqui, é de extrema solidariedade para dizer que o nosso gabinete, junto com o vereador Bruno, a gente tem a Casa do Atendimento do Terceirizado para atender junto com as empresas parceiras. A gente está com equipe na rua pra ajudar”, declarou.
Calegário também criticou o embate político entre vereadores, a falta de atuação da Secretaria de Estado e a postura do prefeito Tião Bocalom, que se manifestou sobre o descarte de um sofá em uma rotatória, mas, segundo ele, sem apresentar soluções concretas. “O que me chama atenção é ver vereadores batendo boca na rua, alguns deputados se movimentaram, a prefeitura foi pra rua, o prefeito se manifestou e reclamou de quem colocou um sofá na rotatória. Mas o fato que me chama atenção é não ver uma ação efetiva do governo, não ver ação de secretaria de Estado hoje ali na ponta, falando com morador e a população, isso me chamou atenção. Vou, inclusive, conversar com a vice Mailza, que é secretária de Assistência Social, para ajudar”, afirmou.
O parlamentar destacou que algumas áreas nunca haviam sido atingidas por enchentes e que é necessário investigar as causas. “Agora é saber o motivo que ocasionou isso. Alguns culpam a ETA, que tem jogado os detritos, outros falam que é o bueiro sujo. O fato é que a gente precisa procurar a solução. Não adianta ir atrás de culpado, precisamos ajudar quem precisa nesse momento”, pontuou o deputado.
Por fim, Calegário ressaltou que, além da assistência emergencial, é necessário um plano de prevenção de doenças no período pós-enchente. “A gente não conseguiu, nesse primeiro momento, ter esse número [de terceirizados afetados], mas a equipe está na rua buscando ajudar. Toda a nossa preocupação também está envolvida com a saúde dos afetados no pós-enchente, para não deixar o índice da dengue subir mais”, concluiu.
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