Medicamentos conhecidos como “canetinhas” não substituem bariátrica, diz cirurgião

Por
Whidy Melo

O médico e apresentador Fabrício Lemos entrevistou no programa Médico 24 Horas exibido nesta segunda-feira (24) o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Romeu Delilo, que falou sobre a obesidade e a busca pelo emagrecimento por meio de medicamentos conhecidos como “canetas”.


De acordo com Delilo, os medicamentos tipo “canetinhas” como Ozempic, Wegovy, Mounjaro, Zepbound, Saxenda e Victoza, por exemplo, embora eficazes, não substituem a bariátrica. “Assim como as medicações para o coração, não substituem as intervenções cirúrgicas. As medicações são muito eficazes e sou a favor do uso das canetas, pois são revolucionárias, mas cada paciente tem uma resposta ao tratamento. A obesidade é uma doença crônica e progressiva que traz outras comorbidades, e o tratamento cirúrgico é para quem passa por outros tipos de tratamento clínico como uso de canetas, dietas, atividade física. A cirurgia é 10% mais eficaz do que o uso das canetas, mas depende, assim como a cirurgia, de uma mudança radical do estilo de vida”, disse o cirurgião. Segundo Romeu, as canetas podem ser integradas, inclusive, ao tratamento cirúrgico. “Às vezes você pode fazer a caneta para o paciente perder peso e operar. O ideal é que os dois sejam usados em conjunto. Se você quiser um efeito ótimo no uso das canetas, você tem que usar por dois, três anos, e às vezes pela vida inteira”, recomenda.


Foto: Dr. Romeu Delilo, no Médico 24 Horas I Thay Lima/ac24horas

Dr. Romeu Delilo ainda explica que enquanto os estudos sobre as cirurgias bariátricas já ultrapassam 40 anos demonstrando sua eficiência, os medicamentos conhecidos como “canetas” são mais novos e ainda que comprovadamente eficazes, seus efeitos a longo prazo ainda são desconhecidos. “Temos estudos de bariátrica de todos os tipos, é uma aliada do tratamento contra o câncer ginecológico, do trato digestivo. Temos estudos há 3 ou 4 anos sobre as canetas, já demonstrando a diminuição do infarto – o que é lógico porque o paciente perde peso -, mas ainda temos muito a desenvolver sobre o tema”, afirmou Delilo.


Veja a entrevista completa aqui:


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Whidy Melo