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Brancos tem mais acesso a atividades culturais em Rio Branco, aponta estudo cultural inédito

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Da redação ac24horas

Uma pesquisa que mostra o panorama do acesso às atividades culturais realizada nas capitais brasileiras, divulgada na semana passada, revela as diferenças no acesso às atividades culturais entre grupos raciais em Rio Branco.


Os brancos são os que mais frequentaram espaços culturais na capital acreana, enquanto indígenas, amarelos, pretos e pardos apresentam índices menores de participação.


O levantamento apontou que o acesso a livros no último ano foi registrado em maior percentual entre brancos (51%), seguidos por pardos (46%), pretos (39%), amarelos (27%) e indígenas (26%).


No cinema, 46% dos brancos afirmaram ter ido a uma sala de exibição no último ano, enquanto o percentual foi de 37% entre pardos, 31% entre amarelos, 30% entre pretos e indígenas.


Já quanto o acesso a museus foi maior entre pretos e pardos, 16% deles afirmaram ter ido ao museu no último ano, entre os indígenas (13%) foram ao museu, já os brancos somaram 11%, e amarelos representaram amarelos (10%).


A pesquisa também revelou que atividades como teatro e concertos registraram os menores índices de participação. No último ano, 13% dos pardos frequentaram o teatro, seguidos por brancos (7%), pretos (6%), indígenas (5%) e amarelos (2%).


Concertos apresentaram os menores índices gerais, com participação de 5% entre indígenas, 3% entre brancos e 2% entre pardos, pretos e amarelos.


Percentual dos que nunca tiveram acesso a atividades culturais


Outro destaque do estudo é o percentual de pessoas que nunca tiveram acesso a determinados bens culturais. De acordo com os dados, uma parcela significativa da população de Rio Branco nunca teve acesso as atividades culturais


No caso dos museus, a maior exclusão foi registrada entre indígenas (82%), amarelos (72%), pretos (67%), pardos (62%) e brancos (65%). Com relação ao teatro, 78% dos amarelos, 76% dos brancos, 72% dos pretos, 71% dos indígenas e 65% dos pardos nunca assistiram a uma peça.


Eventos como saraus e feiras de livros também apresentaram altos índices de exclusão, especialmente entre indígenas e amarelos.


Além dos recortes raciais, a pesquisa também analisou critérios como gênero, escolaridade, faixa etária, religiosidade, acesso à internet, estado civil e filiação, compondo um amplo retrato do consumo cultural no país.


O levantamento foi feito com base em 19,5 mil entrevistas presenciais realizadas entre 19 de fevereiro e 22 de maio de 2024 nas 27 capitais brasileiras.


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Da redação ac24horas