Um policial militar, três empresários e mais duas pessoas viraram réus nesta quarta-feira (19) por manterem uma indústria ilegal de processamento de ouro e cassiterita que movimentava milhões, em Boa Vista. Os seis respondem ao processo em liberdade.
A denúncia contra os réus foi protocolada pelo Ministério Público Federal e aceita pelo juiz da 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima. Os seis respondem pelos crimes de extração ilegal de recursos minerais, posse ilegal de armas e prevaricação. São réus no processo: Antonio Diego Nascimento Souza, soldado da Polícia Militar (PM); Elton Barbosa de Oliveira, empresário no ramo de construção; Odair Monteiro Protazio, dono de uma empresa de comércio e varejo em Manaus, no Amazonas; Tamara Barbosa de Oliveira, sócia de um hotel em Roraima, Thiago Vinicius Sobral Ferreira e Carlos Enrique Zabala Moya.
Em fevereiro de 2022, eles foram flagrados com de dez toneladas de cassiterita e 837,75 gramas de ouro fundido sem qualquer autorização legal, configurando crime de usurpação de bem da União, segundo o MPF.
As investigações indicaram o grupo operava um esquema ilegal de beneficiamento e comercialização de minérios, exploravam e armazenavam grandes quantidades de cassiterita em um galpão em Boa Vista. No local, foram apreendidos equipamentos utilizados na mineração ilegal, além de um forno e um cilindro em que o ouro era derretido.
No esquema, o soldado da PM atuava como segurança particular.