Foto: Jardy Lopes
A esquerda – principalmente o PT – vai centrar todas as suas forças políticas para eleger Jorge Viana (PT) (foto) a uma das duas vagas de senador, a serem disputadas no próximo ano. Sabem ser o JV, a grande cartada para saber se o partido e o campo progressista, continuarão sem uma representação no parlamento federal. Hoje, este grupo não tem um deputado federal e nem um senador. A crescente vontade de ter uma candidatura própria para o governo está aberta, será discutida – restam como opção duas candidaturas bolsonaristas de direita – mas não será prioridade. Nas conversas com lideranças da esquerda, estas não escondem que eleger o Jorge Viana senador é a prioridade máxima na eleição de 2026. Na última disputa do governo, Jorge teve 24% dos votos, perdendo para o governador Gladson Cameli. É com este cacife que vão para as urnas.
BASE FORTE
O deputado Nicolau Júnior (PP) vai dar uma largada na disputa da reeleição, com uma base política forte no Juruá: o apoio do prefeito Zequinha Lima. O Zequinha está mostrando que a lealdade tem mão dupla. Nicolau apoiou a sua reeleição para prefeito. E, um político leal é moeda rara nestes tempos bicudos.
TUDO FICA NA ILAÇÃO
Enquanto não tivermos um desfecho da operação Ptolomeu, se o governador Gladson Cameli será absolvido ou condenado, todos os cenários projetados na atualidade podem ser jogados na lata do lixo. Se Gladson for inocentado, é um cenário na disputa do governo e para senador em 2026; se não for, é outro completamente diferente. Por isso, tudo o que se falar agora fica no campo da ilação. Se puder ser candidato, uma vaga do Senado é dele. Isso não se discute.
O PODER NÃO É ETERNO
Começou o caminho do fim político do ícone da direita. A denúncia de ontem do Procurador Geral da República, Paulo Gonet, que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em crimes de organização criminosa armada, golpe de estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, além de dano qualificado ao patrimônio público, é a porta de entrada do seu inferno astral. O próximo passo será a aceitação da denúncia pelo STF, e a qualificação de Bolsonaro como réu. Ficará aberto a partir daí, o caminho para sua condenação e prisão. Se o Bolsonaro tivesse aceitado a derrota nas urnas, nada disso estaria acontecendo e poderia disputar a reeleição. Jogou no lixo a possibilidade. Bolsonaro achava que o poder era eterno e não se preparou para perder. Está fora da disputa presidencial de 2026. O resto é firula.
PERDEU PARA ELE
O ex-presidente Bolsonaro não perdeu a eleição para o Lula, perdeu para ele, no momento que iniciou a cruzada negacionista contra a vacina, quando milhares de pessoas morriam no país. E, quando insistiu num remédio inútil, a cloroquina. A política não perdoa erros. Pelo contrário, castiga.
NADA A VER
Eu passo longe das idéias ambientais da ministra Marina Silva, mas soa como piada sem graça o senador Márcio Bittar (UB) querer lhe responsabilizar pelo alto índice de feminicídio no estado. Quem tem o dever de combater este tipo de crime, é o aparato de segurança do governo do estado. Marina não tem nada a ver.
DERROTA CERTA
Falando na ministra Marina Silva, a sua derrota na disputa sobre a liberação da prospecção de petróleo na costa amapaense – ela é contra – está sacramentada. O Lula bateu o martelo que quer liberar o início das sondagens. Não se pode sentar em cima de riquezas naturais. Nisso, ele está certo.
QUE SEJA CÉLERE
É aguardado com expectativa, como é que o MP e a justiça vão se comportar sobre as denúncias de nepotismo na prefeitura da capital. Que seja célere, até para se saber se há ou não a figura do nepotismo nas nomeações.
FOI UMA CHIBATADA
A carta escrita pelo advogado lulista, o criminalista Kakay, situando o Lula como um político isolado numa redoma no Palácio do Planalto e capturado – longe do Lula que fazia política – foi uma chibatada no presidente, na primeira dama Janja, e nos raros ministros com os quais o presidente conversa. A carta merece ser lida na íntegra, porque não foi escrita por alguém da oposição, mas por um aliado. E só pintou a verdade do governo Lula.
NÃO SÓ DO PT
O presidente do PT, Daniel Zen, esclareceu em postagem ao BLOG que, ele defende uma candidatura própria ao governo, não necessariamente dos quadros petistas, mas pode ser um nome do campo progressista. Este segmento não pode ter como opção dois candidatos bolsonaristas ao governo, enfatiza Zen.
MEIA PALAVRA BASTA
Ontem, numa roda de três deputados da base do governo na ALEAC, senti nas manifestações no decorrer da conversa, uma simpatia incubada pela candidatura do senador Alan Rick (UB) ao governo. Na minha experiência política, meia palavra basta. Como a conversa foi informal, não é ético revelar os nomes. Até porque não era uma entrevista.
BEM MAIS ATIVA
Assisti ontem parte da sessão na Câmara Municipal de Rio Branco, e senti ao vivo o que já tinha previsto, que a atual legislatura seria bem mais ativa do que a terrível legislação anterior, em que dominava a bajulação ao poder.
O MOTE É OUTRO
Quem devia estar dando explicações na Câmara Municipal sobre a lambança da compra de ovos de mosquitos da dengue (perderam o prazo de validade), era o ex-secretário municipal de Saúde, Dr. Nogueira, em cuja gestão os fatos aconteceram; e não o atual secretário Renan Biths. A base do prefeito Bocalom pisou na bola. Tinham algum temor do Nogueira? Deixaram transparecer….
QUANDO ESTIVER NO PODER
Estou há mais de quatro décadas no jornalismo político. Conheço os políticos e o que pensam e focam. A vice-governadora Mailza Assis só vai poder na verdade contar como apoio certo de um político, quando tiver algo a oferecer. E isso só vai ocorrer no momento em que assumir o governo, com a saída de Gladson para disputar o Senado. A política funciona assim.
COMEÇOU BEM
O secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, começou bem a sua gestão, anunciando a contratação de 241 aprovados em concurso da pasta, que estavam com as suas nomeações travadas na prefeitura. O Alysson não é um político raivoso, que exala ódio – pelo contrário, é do diálogo – e tem tudo para se projetar numa administração municipal de raros destaques e poucos cordatos.
PONTO FRACO
No seu discurso de ontem, o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Joabe Lira (UB), tocou num ponto onde a gestão da prefeitura não avançou, a construção de creches. Quanto mais creches forem construídas, mais mães de família podem sair para trabalhar, por ter onde deixar os filhos seguros. Neste ponto, o Joabe foi cirúrgico.
NEM TUDO AO REI
O vereador Márcio Mustafá (PSDB) mostrou ontem na Câmara Municipal de Rio Branco, que um vereador pode integrar a base do prefeito Bocalom, sem ser bajulador e omisso. Pediu mais transparência sobre obras municipais paralisadas, exigindo que se divulgue os motivos, e quando serão reiniciadas. Vereador que não cobra, é como o mudo que não fala.
ORELHA DE FREIRA
Não se conhece nenhum nome que de fato tenha dito que será candidato a deputado federal pelo MDB. O partido está na base do achismo. Se existem esses nomes, eles são iguais às orelhas de freira, que ninguém vê.
DISPUTA FAMILIAR
A próxima eleição será palco de uma disputa familiar ao mesmo cargo político: a ex-deputada federal Vanda Milani (PSDB) é candidata a voltar à Câmara Federal; mesmo caminho que será trilhado pela nora, a ex-prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PP).
CADA QUAL NO SEU CADA QUAL
Mais importante que o governo do estado fazer o papel de prefeitura, asfaltando a avenida Antônio da Rocha Viana com o DERACRE, seria de mais valia para gerar emprego e renda, se estivesse investindo na reativação da construção civil. Mas, como é cada qual no seu cada qual, cada governante escolhe sua prioridade.
DESTRÓI A ALMA
O ódio destrói a alma, a palavra que você profere é a mesma que você escuta. Essa é uma das máximas do budismo.
FRASE MARCANTE
“Não é possível descobrir os limites da alma, mesmo percorrendo todos os caminhos, tão profunda medida ela tem”. Heráclito.