Segundo os jornais Metrópoles e O Globo, o acordo, ensaiado desde 2019, envolve a divisão estratégica de rotas do tráfico e busca enfraquecer as restrições impostas pelo Sistema Penitenciário Federal. Conforme a publicação, o PCC emitiu diversos “salves” (avisos internos para seus membros), especialmente em estados do Norte e Nordeste, informando que agora é proibido matar integrantes da facção concorrente ou invadir território alheio.
A rota do Rio Solimões, um dos principais corredores da droga no Brasil, segue sob domínio do CV, mas agora pode ser compartilhada com o PCC.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, expressou preocupação com a trégua. “Estamos bastante preocupados. A gente compreende que uma união dessas organizações criminosas, que deveriam, inclusive, já terem sido classificadas como terroristas, certamente terá reflexo negativo contra a população no curto prazo”.
O temor é que a cooperação fortaleça a presença criminosa na região, ampliando o tráfico e outros delitos.
Especula-se que o PCC enxergue o CV como um braço armado para operações violentas, enquanto sua própria atuação seria focada na logística do crime. A possibilidade de uma aliança mais estruturada entre as facções mantém as autoridades locais em alerta.