O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), criticou a postura do Governo Gladson Cameli em relação aos reajustes salariais de diversas categorias. Nesta quarta-feira, 12, militares dos bombeiros e das policiais protestam em frente da Aleac pedindo isonomia salarial.
Em entrevista ao Boa Conversa Edição Aleac, ele destacou que Cameli havia se comprometido publicamente a corrigir distorções salariais herdadas da gestão anterior, mas que, até o momento, as questões centrais seguem sem solução.
“O entendimento foi que houve um compromisso público do governador com essas categorias, à época se solidarizando, dizendo que eram maltratadas pelo governo anterior e se comprometendo a resolver essas questões. Passou o tempo, as questões centrais, a estruturação salarial, não foi resolvida. Houve embates, inclusive, nas legislaturas passadas e agora vemos a temporada do reajuste dos salários dos militares, e a inauguração começa com os bombeiros e PMs, que ocupam o hall da Casa, que serão recebidos pela Comissão de Segurança Pública e abrir a temporada de mediação”, pontuou.
O parlamentar ressaltou que a abertura da chamada “temporada de reajustes” começou com policiais militares e bombeiros, que estão na Aleac e serão recebidos pela Comissão de Segurança Pública para discutir a questão. Segundo ele, mesmo com as limitações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), é essencial que os acordos sejam fechados antes da abertura de uma “janela” fiscal que possibilite a implementação dos reajustes.
“Podem ser atendidos porque é nesse momento mesmo, com o empecilho da LRF, que precisam ser pactuadas essas questões, porque quando abrir a ‘janela’ [folga na LRF] que possibilita você implementar aquilo que foi entendido, a negociação tem que estar concluída antes, porque se não fecha a janela. Se não construir o entendimento da janela, todo mundo vai levar a loba de novo.”
Outro tema abordado por Magalhães foi o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que visa derrubar o uso de videoaulas no concurso da Educação. O deputado destacou que há um consenso dentro da Aleac contra a metodologia adotada pelo governo e que já iniciou tratativas para reverter essa situação.
“O bom é que tudo fica gravado no YouTube. Temos um posicionamento do líder do governo, do vice, do presidente da Aleac e todos contrários às videoaulas. Ontem, procurei o presidente da Casa, o vice-líder do governo, e assumiram o compromisso de hoje ainda ter uma reunião com o secretário de Educação para tratar essa questão. Porque vamos fazer a discussão política e já tomei outras providências, não hoje, mas do resultado dessa reunião da base do governo com o secretário”, pontuou.