João Figueiredo de Melo, conhecido como Joãozinho, motorista do ônibus que atropelou uma cobra na estrada da Área de Proteção Ambiental (APA) Raimundo Irineu Serra, em Rio Branco, se pronunciou sobre o ocorrido em vídeo publicado pelo jornalista Altino Machado nesse final de semana. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais.
No vídeo, João Figueiredo de Melo, que trabalha na empresa Ricco Transportes e faz a linha do Irineu Serra, explicou que o incidente ocorreu no domingo, 9, por volta das 12h55. Segundo ele, ao descer uma curva na estrada, avistou a cobra saindo do mato em perseguição a um rato.
“Eu vi essa cobra sim. Ontem, na hora que eu desci do meu balão de 12h55 para largar, logo numa curva, me deparei com essa cobra saindo de dentro do mato e correndo atrás de um, acho que era um rato. Ela saiu da minha esquerda para ir para a direita, e eu saí da minha direita para a esquerda na intenção de me defender dela, livrar ela e deixar ela continuar a viagem dela”, relatou o motorista.
Joãozinho afirmou que não percebeu que havia atropelado a cobra e continuou sua viagem normalmente. “Eu nem vi que tinha matado, nem vi que tinha matado essa cobra. Eu continuei minha viagem. Hoje foi que eu vim saber, devido ao comentário que está aí, que tinha acontecido esse fato aí”, disse.
O motorista, que mora no bairro há 45 anos, destacou que conhece a importância da proteção ambiental da região e que não teve a intenção de causar mal ao animal. “Eu moro aqui no bairro já há 45 anos, sei dessa proteção ambiental. Não tive a intenção, pode perguntar para qualquer morador aqui, que todos me conhecem. Infelizmente aconteceu, acidentes acontecem. Infelizmente, eu me julgo inocente”, declarou.
O atropelamento da cobra, identificada como uma Drymarchon corais (surucucu facão ou limpa pasto), gerou indignação entre moradores e ambientalistas. A espécie, não peçonhenta, é importante para o controle de roedores e de outras cobras peçonhentas, como a jararaca e a pico de jaca.
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