Covid mudou “padrão” de pacientes em UTI e acirrou doenças respiratórias

Por
Whidy Melo

O médico e apresentador Fabrício Lemos entrevistou nesta segunda-feira (10) no programa Médico 24 Horas o médico intensivista Dr. Marcos Nanci, que presta serviço no Hospital Santa Juliano e na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), que falou da mudança no tratamento intensivo de pacientes pós-pandemia de covid-19.


De acordo com Marcos Nanci, há uma notória diferença nas infecções que ocorreram e ocorrem após a pandemia da covid-19. “A impressão que eu tenho é que, depois da pandemia do Covid 19, realmente houve uma mudança e houve um acirramento das doenças. Essas respiratórias, me parecem que começaram a ficar mais frequentes e, sobretudo, com as acervações mais graves”, disse o médico. Exacerbações são eventos que agravam os sintomas de uma doença, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ou a asma. Podem ser caracterizadas por um aumento temporário da intensidade de um sofrimento ou de uma doença.


Foto: Imagem ilustrativa/Odair Leal/SESACRE

Ainda segundo Nanci, mesmo após a Organização Mundial de Saúde ter declarado o fim da pandemia da Covid-19, o impacto da doença nos contaminados ainda não é totalmente conhecido pela medicina. “Covid mudou muita coisa e ainda está mudando, a gente ainda não tem toda a real dimensão do que pode ter causado a longo prazo a infecção pelo Covid, mas sim, a parte pulmonar mudou. Antes da pandemia, não se tinha tanto paciente com complicações graves pulmonares na UTI. Na Covid-19, obviamente, isso foi algo completamente fora da curva, mas depois da pandemia, achou-se que voltaria-se ao padrão anterior, mas não, a gente ainda não voltou. A gente tem pacientes graves do ponto de vista respiratório, que antes eram mais difíceis de vir para a UTI”, diz.


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Whidy Melo